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Sondagem do FT indica que franceses confiam mais no partido de Le Pen para a economia

Não tem experiência governativa, tem um plano de redução de impostos que não se sabe como será financiado, mas os franceses parecem acreditar mais nos planos da União Nacional, partido de Marie Le Pen, para a economia do que qualquer outro partido em França indica uma sondagem publicada pelo Financial Times.

Lusa/EPA
23 de Junho de 2024 às 11:08
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Os eleitores franceses parecem confiar mais nas propostas económicas da União Nacional, partido de Marie Le Pen, do que em qualquer outro partido que concorre às eleições legislativas antecipads francesas, de acordo com o Financial Times. Mesmo sem saberem como se financiará o programa de redução de impostos do partido de extrema direita, escreve o jornal.

Segundo uma sondagem da Ipsos para o jornal britânico, 25% dos inquiridos têm mais confiança na União Nacional (RN, na sigla em francês) de Marine Le Pen para tomar as decisões sobre questões económicas, em comparação com 22% para a Nova Frente Popular de esquerda e apenas 20% para a aliança de Macron.

Os números da sondagem do FT, que foi realizada entre os dias 19 e 20 de junho, complicam a estratégia da coligação centrista Ensemble, de Emmanuel Macron,que está centrada em convencer o eleitorado de que a instalação de um governo de extrema-direita ou de esquerda destruiria a economia e, em última análise, obrigaria ao aumento de impostos.

Neste inquérito do Financial Times, a União Nacional destaca-se nas respostas dos eleitores franceses no que respeita às expectativas de melhoria do nível de vida, à luta contra a inflação e à redução dos impostos.

Além disso, também ficou em primeiro lugar na expectativa em torno redução do desemprego, um grande sucesso da presidência de Macron, quando o desemprego caiu para um mínimo de 15 anos, antes de subir no ano passado.
Segundo o Financial Times, também surpreendente é o facto de 23% dos inquiridos afirmarem que confiam mais na União Nacional para reduzir o défice e a dívida pública. A aliança de centro de Macron e a Nova Frente Popular, a coligação de esquerda que junta Partido Socialista, o ecologista EELV, a França Insubmissa e Partido Comunista Francês, ambos com propostas orçamentais sólidas nesta matéria, ficam empatadas com 17%.
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