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Setor dos serviços trava no arranque do segundo trimestre

A travagem do comércio por grosso ditou a desaceleração do volume de negócios do setor dos serviços em abril.

Pedro Elias
11 de Junho de 2019 às 11:46
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Após o forte crescimento do primeiro trimestre, o setor dos serviços desacelerou em abril para um crescimento do volume de negócios de 2,1%. Os dados foram divulgados esta terça-feira, 11 de junho, pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).

"Em termos homólogos, o índice de volume de negócios nos serviços cresceu 2,1% em abril, o que compara com o aumento de 5,9% no mês anterior", adianta o gabinete de estatísticas, referindo que esta travagem equivale a 3,8 pontos percentuais. No primeiro trimestre, o volume de negócios dos serviços tinha aumentado 4,8%. 

Os dados mostram que apenas a componente de atividades de informação e comunicação não teve um desempenho menos favorável em abril face a março. 

O INE destaca que "a evolução do índice agregado foi particularmente influenciada pela secção de comércio por grosso; reparação de veículos automóveis e motociclos, que abrandou 4,9 p.p., para uma variação homóloga de 0,7% em abril e um contributo de 0,4 p.p. para a variação do índice total". 

O maior contributo positivo (0,8 p.p.) para o crescimento do índice de volume de negócios dos serviços foi dado pela componente de transportes e armazenagem, apesar de ter sido ligeiramente menor do que o contributo dado em março.

Já o emprego no setor dos serviços cresceu ao mesmo ritmo (0,9%) de março assim como as remunerações (5,3%). O índice de volume de horas trabalhadas cresceu 0,2% em abril, acima da queda de 1,2% registada em março.

Este pode ser um sinal menos positivo dos serviços - um setor que tem sido essencial para a recuperação económica em Portugal - para o PIB do segundo trimestre. No primeiro trimestre a economia portuguesa acelerou ligeiramente quando comparado com o quarto trimestre de 2018, acompanhando a tendência europeia.

Contudo, não é garantido que essa tendência se mantenha. Os dados avançados para a Zona Euro apontam para uma desaceleração no segundo trimestre.

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