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Ritmo de endividamento das famílias voltou a abrandar. Empresas com ligeira aceleração

O endividamento de famílias, empresas e Estado aumentou 1,9 mil milhões de euros em abril e atinge novo máximo acima de 800 mil milhões de euros. O ritmo com que as famílias estão a endividar-se voltou a desacelerar, já das empresas avançou.

Num contexto geral de desvalorização dos licenciados, o salário de entrada também não recuperou.
João Cortesão
22 de Junho de 2023 às 11:35
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As famílias voltaram a mostrar em abril um abrandamento no ritmo de endividamento pelo sétimo mês consecutivo, já as empresas registam uma ligeira aceleração mostram os dados do Banco de Portugal divulgados esta quinta-feira.

No quarto mês deste ano, "o endividamento dos particulares aumentou 1,8%, valor inferior ao verificado em março (2,3%)", refere o supervisor na nota estatística do endividamento da economia. O stock de dívida das famílias teve um ligeiro recuo para 151,7 mil milhões de euros, abaixo dos 158,8 mil milhões de março.

Em abril, o endividamento das empresas privadas cresceu 0,8% comparativamente com abril de 2022, mais 0,1 pontos percentuais do que no mês anterior, indicam os dados do Banco de Portugal (BdP).



O setor público registou um ligeiro aumento do endividamento. Um incremento de 1,8 mil milhões de euros e que, segundo o BdP, se verificou "junto dos particulares (1,3 mil milhões de euros), principalmente pelo investimento das famílias em certificados de aforro, junto das administrações públicas (1,0 mil milhões de euros) e do setor financeiro (0,5 mil milhões de euros). Em contrapartida, o endividamento do setor público diminuiu junto do exterior (1,1 mil milhões de euros)."

Somando os três setores, no mês de abril, "o endividamento do setor não financeiro (administrações públicas, empresas e particulares) aumentou 1,9 mil milhões de euros, para 804,0 mil milhões de euros. Deste total, 441,2 mil milhões de euros respeitavam ao setor privado (empresas privadas e particulares) e 362,8 mil milhões de euros ao setor público (administrações públicas e empresas públicas)", refere o Banco de Portugal.



O BdP indica que "o endividamento do setor privado subiu 0,1 mil milhões de euros. O endividamento das empresas privadas aumentou 0,2 mil milhões de euros, traduzindo essencialmente um crescimento do endividamento perante o exterior".

Já para as famílias, o endividamento decresceu 100 milhões de euros, sobretudo junto do setor financeiro.

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