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Probabilidade de recessão no Reino Unido é de 50%

O "think-tank" do Reino Unido estima em 50% a probabilidade do país entrar em recessão dentro de 18 meses. E apela ao Banco de Inglaterra que corte os juros.

Phil Noble/Reuters
03 de Agosto de 2016 às 12:25
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O "think-tank" e instituto de estatística britânico, National Institute of Economic and Social Research (NIESR), estima uma probabilidade de 50% de recessão no Reino Unido nos próximos 18 meses.

 

A contribuir para esta probabilidade está a saída do Reino Unido da União Europeia, que deverá dar origem à eliminação de 320 mil postos de trabalho até ao terceiro trimestre deste ano, revelou esta quarta-feira, 3 de Agosto, o NIESR, citado pelo Guardian.

 

O "think-thank" prevê que o crescimento económico do Reino Unido deverá abrandar para 0,2% neste terceiro trimestre, depois de ter crescido 0,6% nos três meses até Junho. No último trimestre a economia deverá estagnar, segundo a mesma fonte. Ainda assim, no acumulado do ano, a estimativa é de um crescimento de 1%. Contudo, alertam os economistas, a situação económica poderá deteriorar-se.

 

Ainda esta quarta-feira, foi revelado que a actividade económica do Reino Unido travou a fundo, em Julho, após o referendo que ditou a saída do país da União Europeia.  O indicador que mede a actividade económica, contando com o contributo dos serviços e da indústria, situou-se nos 47,3 pontos, o que compara com os 51,9 pontos registados em Junho, realça o The Guardian.

 

A leitura de Julho é a mais baixa desde Abril de 2009, período marcado pela crise financeira que assolou todo o mundo. Além de ser a mais baixa representa uma contracção, já que leituras abaixo dos 50 pontos correspondem a quedas efectivas.

O abrandamento da economia está relacionado com o corte de investimento provocado pela vitória do "Brexit" no referendo de 23 de Junho, sublinha o NIESR. 

O gabinete de estudos apela ao Banco de Inglaterra, que se reúne esta semana, para cortar a taxa de juro do país. Na última reunião, que decorreu a 14 de Julho, o banco central decidiu manter a taxa de juro de referência em 0,5%. Contrariou, assim, a expectativa da maioria dos economistas que apontavam para um corte, mas assinalou que Agosto deverá ser marcado por novos estímulos à economia.

 

A redução da taxa de juro dos 0,5% para um mínimo histórico de 0,1% e a compra de mais 200 mil milhões de libras de obrigações soberanas pode anular os efeitos do Brexit, adianta o NIESR. 

 

A previsão é que o banco central corte a taxa de juro em um quarto já esta quinta-feira, 4 de Agosto. O instituto considera que o Governo, liderado por Theresa May, poderá ter também de avançar com uma redução de impostos e um aumento de gastos para sustentar a economia.

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