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Portugal fechou 2020 com mais peso da dívida ao exterior

A economia portuguesa encolheu significativamente no ano passado o que fez subir o peso relativo da sua dívida ao exterior, revela esta quarta-feira o Banco de Portugal. País regista défice comercial em 2020.

Depois de apresentar o suplementar no verão, João Leão deu a conhecer o seu primeiro orçamento para o ano seguin   te como ministro das Finanças.
João Cortesão
17 de Fevereiro de 2021 às 11:32
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Portugal já suporta um peso de endividamento externo de 87,5% do seu Produto Interno Bruto, revelou esta quarta-feira o Banco de Portugal (BdP). A dívida externa líquida atingiu 176,8 mil milhões de euros em dezembro de 2020, valor que se torna mais pesado por causa da redução da dimensão da economia nacional, provocada pela crise pandémica.

"A dívida externa líquida de Portugal, que resulta da Posição de Investimento Internacional excluindo, fundamentalmente, os instrumentos de capital, ouro em barra e derivados financeiros, atingiu no final de 2020, de 176,8 mil milhões de euros", lê-se na nota de informação estatística publicada pelo banco central. "Em percentagem do PIB, a dívida externa líquida aumentou 3,1 pontos percentuais entre o final de 2019 e 2020. A dívida externa líquida passou de 84,4 para 87,5% do PIB", assinala ainda o BdP.

No ano passado, a economia nacional contraiu 7,6%, levando ao aumento do peso relativo dos compromissos que o conjunto da economia portuguesa assumiu para com credores externos.

Os dados da balança de pagamentos para o ano completo de 2020, publicados também esta quarta-feira pelo Banco de Portugal, mostram que a redução do défice na balança comercial de bens foi mais do que anulada pela diminuição do excedente da balança de serviços.

"O défice da balança de bens diminuiu 4.100 milhões de euros face ao período homólogo, fixando-se em 12.186 milhões de euros", assinala o banco central. "Contudo, o excedente da balança de serviços reduziu-se em 9.242 milhões de euros, para 8.603 milhões de euros", frisa, adiantando que "esta redução foi maioritariamente justificada pelo decréscimo acentuado do saldo da rubrica viagens e turismo, de 8.150 milhões de euros."

Assim, o país deixou de ter o excedente comercial de bens e serviços que tinha acumulado em 2019 (de 1.558 milhões de euros), para registar agora um défice comercial de 3.583 milhões de euros, mostram os números. Do mesmo modo, também a balança corrente (que inclui ainda os rendimentos primários e secundários) passou de excedentária para deficitária, em 2.377 milhões de euros.
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