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Défice externo da UE aumenta no terceiro trimestre para 90,2 mil milhões

O saldo da conta corrente da União Europeia agravou-se no terceiro trimestre de 2022, quando comparado com o registado no trimestre anterior. O mesmo aconteceu nos países da Zona Euro. Excedente de serviços diminuiu e défice da balança de bens aumentou.

Subida de preços e política monetária mais apertada vão fazer abrandar as economias para onde Portugal mais vende, avisa o FMI.
Mariline Alves
11 de Janeiro de 2023 às 11:59
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O défice externo da União Europeia (UE) aumentou para 90,2 mil milhões de euros no terceiro trimestre de 2022, segundo os dados divulgados esta quarta-feira pelo Eurostat. O saldo da conta corrente da UE, ajustado de sazonalidade, foi superior ao registado no trimestre anterior e, em percentagem do PIB, foi de -2,3% entre julho e setembro.

As estimativas do Eurostat apontam para que a balança de pagamentos da UE tenha sido deficitária pelo segundo trimestre consecutivo, depois de no segundo trimestre ter registado um défice de 40,3 mil milhões de euros (-1% do PIB). Já nos primeiros três meses do ano passado, a UE registou um excedente externo de 16,6 mil milhões.

A contribuir para o aumento do défice externo da UE estão a guerra na Ucrânia e a política de "covid zero" na China, que obrigou a confinamentos massivos, com impacto nas trocas comerciais.

O défice externo registado na UE no terceiro trimestre de 2022 compara como o excedente de 74,3 mil milhões de euros (2% do PIB) contabilizado em igual período do ano anterior. Os dados do Eurostat mostram também que a degradação do défice externo da UE aconteceu tanto na balança de bens como na balança de serviços.

Comparando com o trimestre anterior, o défice da balança de bens da UE aumentou para -82,5 mil milhões de euros, face aos 59,4 mil milhões anteriores, enquanto o excedente da balança de serviços diminuiu para 19 mil milhões, após se ter fixado em 39,8 mil milhões entre abril e junho. Já o défice da balança de rendimentos primários aumentou e o défice de rendimentos secundários encolheu.

No conjunto da zona euro, verificou-se também uma degradação do saldo externo. O défice da balança corrente dos países da moeda única subiu para -105,9 mil milhões de euros, o equivalente a -3,2% do PIB, acima dos -39,2 mil milhões do segundo trimestre. Face ao mesmo período de 2021, a balança de pagamento da zona euro passou de excedentária a deficitária, tal como aconteceu na União Europeia.

O Reino Unido foi o principal parceiro comerciais da UE, com o qual o conjunto dos Estados-membros conseguiram um excedente de 57 mil milhões de euros. Seguiram-se a Suíça (21,2 mil milhões) e o Canadá (9,7 mil milhões). A China foi o país com o qual a UE registou o maior défice, de 69,8 mil milhões de euros, seguido pela Rússia (-24,4 mil milhões) e os Estados Unidos (-11,5 mil milhões).

Portugal com excedente externo
Em termos absolutos, Portugal destaca-se entre os países que registaram um excedente na conta corrente. Segundo o Eurostat, Portugal acumulou um excedente externo de 0,5 mil milhões de euros. A Alemanha é o país que acumula o maior excedente de conta corrente, de 19 mil milhões de euros, segunda pela Dinamarca (16,1 mil milhões) e Países Baixos (13,9 mil milhões).

Já a França destacou-se pelos piores motivos, com a economia francesa a atingir um défice de 20,4 mil milhões de euros. A Roménia e República Checa (ambas com -8,6 mil milhões) e a Bélgica (-7,4 mil milhões) foram outros dos países com maiores défices entre os Estados-membros.
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