Notícia
Portugal com quarto maior défice da UE no terceiro trimestre
Portugal registou ainda a quarta maior subida trimestral da dívida, continuando a apresentar a terceira maior entre os Estados-membros.
Portugal foi o quarto país na União Europeia (UE) com o maior défice público no terceiro trimestre de 2020. Ao mesmo tempo, o país apresentou a quarta maior subida trimestral na dívida pública entre os pares do bloco.
Portugal apresentou um défice de 7,7% do Produto Interno Bruto (PIB) entre julho e setembro de 2020, acima do de 5,8% da Zona Euro e de 5,6% na União Europeia, de acordo com os dados divulgados esta quinta-feira, 21 de janeiro, pelo Eurostat.
Os défices mais altos foram observados em Malta (10,9% do PIB), Roménia (10,0%), Lituânia (8,7%), Portugal e Espanha (7,7% cada). Já no extremo oposto, ficou a Dinamarca, que apresentou o menor défice nas contas públicas, de 0,4% do PIB. Seguiram-se a Eslovénia (1,8%), Suécia (2,4%) e Estónia (3,2%).
No período em causa, todos os Estados-membros registaram défices nas contas públicas. Contudo, as médias das duas zonas têm vindo a recuperar, e melhoraram seis pontos percentuais cada face ao trimestre anterior.
Dívida pública agrava
A dívida pública aumentou para os 97,3% na Zona Euro e para os 89,8% na União Europeia no terceiro trimestre de 2020. Portugal teve a quarta maior subida trimestral da dívida, continuando a apresentar a terceira maior entre os Estados-membros, que se situa nos 130,8% do PIB.
Nesses meses, na Zona Euro, o rácio da dívida pública em relação ao PIB situava-se em 97,3%, em comparação com 95% no segundo trimestre e 85,8% do mesmo período de 2019. Na UE, o rácio da dívida aumentou de 87,7% para 89,8% na variação trimestral, tendo sido de 79,2% no terceiro trimestre de 2019.
Os rácios mais elevados da dívida pública em relação ao PIB no final do terceiro trimestre de 2020 foram registados na Grécia (199,9%), Itália (154,2%), Portugal (130,8%), Chipre (119,5%), França (116,5%), Espanha (114,1%) e Bélgica (113,2%), e os mais baixos na Estónia (18,5%), Bulgária (25,3%) e Luxemburgo (26,1%). Os maiores aumentos no rácio foram observados na Grécia (8,5 pontos percentuais - pp), Chipre (6,2 pp), Itália (4,9 pp), Portugal (4,8 pp), Lituânia (4,6 pp) e Bulgária (4,0 pp). Foram observadas diminuições na Áustria (-3,4 pp), Finlândia (-1,7 pp), República Checa (-1,5 pp), Bélgica (-0,9 pp) e Irlanda (-0,7 pp).