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Endividamento da economia atinge novo recorde nos 742,8 mil milhões de euros
A dívida das empresas, famílias e Estado deu um salto de mais de 2 mil milhões de euros em novembro, atingindo assim um novo máximo histórico.
O endividamento da economia portuguesa agravou-se em novembro, tocando num novo máximo histórico de 742,8 mil milhões de euros, anunciou o Banco de Portugal.
Novembro foi já o quinto mês seguido de aumento em cadeia do endividamento, sendo que a subida de 2,1 mil milhões de euros face a outubro "deveu-se ao acréscimo de 1,4 mil milhões de euros do endividamento do setor público e de 0,7 mil milhões de euros do endividamento do setor privado", refere uma nota do banco central.
Comparando com novembro de 2019 o aumento do endividamento da economia portuguesa é superior a 20 mil milhões de euros, o que mostra bem o impacto acentuado da pandemia em todos os setores da economia portuguesa. Em novembro de 2019 situava-se em 722,1 milhões de euros.
O agravamento do endividamento registou-se em todos os grupos do setor não financeiro: famílias, empresas e Estado. Uma evolução que é explicada pelos efeitos da pandemia, que voltaram a ser mais fortes no final do ano passado devido ao agravamento da propagação do vírus.
O setor público chegou a novembro com uma dívida de 338,7 mil milhões de euros. As empresas privadas aumentaram cerca de 300 milhões para 263 milhões de euros e nos particulares o agravamento foi de mais de 400 milhões para 141,2 milhões.
No crédito à habitação o endividamento das famílias aumentou mais de 500 milhões de euros face a outubro (1,2 mil milhões de euros face a novembro de 2019), o que estará relacionado com as moratórias no crédito.
Em termos de peso na economia, o endividamento do setor não financeiro estava em 362% do PIB em setembro. Neste rácio já foram fixados valores mais elevados.