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Poder de compra dos portugueses aumentou em 2014

Portugal mantém o 14º lugar no ranking dos países da Zona Euro com o poder de compra mais elevado, sendo que a melhoria registada em 2014 ficou a dever-se à descida dos preços e da população, bem como ao aumento do PIB.  

Bloomberg
11 de Dezembro de 2015 às 10:32
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O PIB per capita, expresso em paridades de poder de compra (PPC), fixou-se em 78,1% em 2014, o que representa uma melhoria face aos 77,3% registados no ano anterior, de acordo com os dados provisórios divulgados esta sexta-feira pelo Instituto Nacional de Estatística.

 

Apesar desta melhoria, Portugal mantém o 14º lugar no ranking dos países da Zona Euro com o poder de compra mais elevado, só à frente da Eslováquia, Estónia, Lituânia, Grécia e da Letónia. No fim da tabela, apenas se verificou uma troca de posições, com a Lituânia a passar à frente da Grécia. No conjunto dos 37 países analisados neste estudo (alguns deles fora da UE) Portugal surge em 21º lugar.

 

A subida de Portugal neste indicador que mede a capacidade aquisitiva entre os europeus mais do que compensa a queda ligeira verificada no ano anterior. Em 2012, o poder de compra dos portugueses correspondia a 77,5% da média europeia. Mas persiste abaixo do registado antes da crise financeira. Em 2011, o poder de compra dos portugueses equivalia a 78% da média europeia e nos dois anos anteriores fora de 81%, após 79% em 2007 e 2008.

 

De acordo com o INE, a subida do PIB per capita em PPP, em Portugal, reflecte a descida dos preços em termos relativos e o aumento de 2,4% no PIB per capita em preços correntes, sendo que este último indicador beneficiou com o crescimento nominal do PIB (1,9%) e pela diminuição da população (-0,5%).

2014 foi um ano marcado pelo fim do programa de ajustamento, com a saída da troika de Portugal. A economia saiu de recessão, com o PIB a registar um crescimento real de 0,9%, enquanto a inflação atingiu valores negativos (-0,2%).

 

O INE apresenta também o indicador Despesa de Consumo individual per capita (DCIpc), que "considera ser mais apropriado para reflectir o bem-estar das famílias", sendo que o PIB per capita é um indicador do nível de actividade económica. Tendo em conta o DCIpc, Portugal surge melhor posicionado, ficando em 2014 a 82,9% da média europeia, contra 82% em 2013. "Tomando como referência este indicador, o posicionamento relativo de Portugal é um pouco melhor que o indicado pelo PIBpc no conjunto dos países considerados", refere o INE.

 

O INE alerta que "os resultados publicados devem ser analisados com prudência, particularmente em termos de evolução temporal, uma vez que ao longo do tempo verificam-se alterações de diferente natureza, nomeadamente ao nível da selecção do cabaz comum de bens e serviços em comparação, dos métodos e fontes dos preços utilizados no exercício PPC e da substituição de valores preliminares por definitivos".

 

Luxemburgo lidera

 

O Luxemburgo continua a ser o país da União Europeia onde o PIBpc em paridades do poder de compra é mais elevado, mais do que duplicando a média da região (266,5). Supera em cerca de seis vezes o registado na Bulgária, que é o país mais pobre da UE, não chegando o PIBpc em paridades do poder de compra a metade da média da região (46,7).

 

Entre os 37 países europeus analisados, Noruega e Suíça completam o pódio dos países mais ricos da EU, com um PIBpc em paridades do poder de compra acima de 150. Irlanda, Holanda e Áustria são os países que se seguem na lista. 

Despesa de Consumo Individual (DCI), corresponde á soma da despesa final em consumo em bens e serviços pelas famílias,
incluindo ISFLSF (instituições sem fins lucrativos ao serviço das famílias), com a despesa final das administrações públicas em bens e
serviços e serviços de consumo individual (correspondendo a transferências sociais em espécie de que são exemplo comparticipações na
aquisição de medicamentos), Constitui uma medida dos bens e serviços consumidos pelas famílias independentemente da sua aquisição
ser ou não efetuada por elas,

Paridades de Poder de Compra ou «PPC» são deflacionadores espaciais e conversores monetários que eliminando os efeitos das
diferenças nos níveis dos preços entre países, permitem comparações em volume das componentes do PIB bem como dos níveis dos
preços,

PPS ou Paridade de Poder de Compra Padrão ("Purchasing Power Standard", no original inglês)
entende-se a unidade monetária
comum artificial de referência utilizada na União Europeia para expressar o volume dos agregados económicos para efeitos das
comparações espaciais, de modo a eliminar as diferenças no nível dos preços entre países, Em termos práticos, PPS é a designação dada
pelo Eurostat para esta "unidade artificial" no qual as PPC e as despesas finais em termos reais são expressas, isto é, "Euro baseados em
UE 28 ou outra combinação", "Euro baseados em UE 28" são Euro que têm o mesmo poder de compra no espaço da União Europeia a
28, O seu poder de compra é uma média ponderada do poder de compra das moedas nacionais de todos os estados membros da União
Europeia, refletindo o nível de preços médio na referência UE 28 ou, mais precisamente, a média ponderada dos níveis de preços dos
estados membros.

Fonte: INE

 

(notícia actualizada às 11:00 com mais informação)

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