Notícia
Nem em 2023 exportações de turismo terão recuperado nível pré-pandemia
A pandemia vai deixar marcas prolongadas no turismo português, avisa o Banco de Portugal. É que alguns comportamentos do período da pandemia poderão manter-se depois da crise sanitária, como é o caso da redução das viagens de negócios.
Nem em 2023 as exportações de turismo terão recuperado o mesmo nível que tinham no pré-crise – isto mesmo admitindo que as medidas de confinamento são progressivamente retiradas ao longo do segundo trimestre deste ano, e que a vacinação contra a covid-19 estará concluída no início de 2022. A projeção é do Banco de Portugal e consta do Boletim Económico de março, publicado esta sexta-feira.
"No final do horizonte de projeção, as exportações de turismo encontram-se ainda ligeiramente abaixo das de 2019", lê-se no relatório. No documento, prevê-se um contributo de apenas 0,8 pontos percentuais das exportações de serviços (onde se inclui o turismo) para o crescimento do PIB este ano, que deverá ser de 3,9%. Em 2022 o contributo das exportações de serviços será de 2,4 pontos e em 2023 de 1 ponto percentual. No ano passado, as vendas de serviços ao exterior tiraram 4,5 pontos percentuais à variação do PIB.
A instituição liderada por Mário Centeno explica que, nos próximos anos, a recuperação das exportações de turismo será "gradual". Enquanto as vendas de bens ao exterior vão conseguir superar o nível que tinham em 2019 já este ano, no turismo isso não vai ainda acontecer. A dissipação dos impactos da pandemia será "mais lenta", embora o turismo comece a ganhar dinamismo em meados deste ano.
"A experiência da pandemia sugere a possibilidade de uma redução das viagens de negócios nos próximos anos, o que penaliza a evolução dos setores exportadores de serviços", avisa o Banco de Portugal. Ou seja, há alguns comportamentos adotados durante a pandemia que poderão permanecer mesmo depois de a crise sanitária estar resolvida e que terão reflexos na estrutura das empresas. É também por isso que o mercado de trabalho deverá levar ainda algum tempo a recuperar a normalidade, reconhece o Banco de Portugal.
Já o conjunto da economia portuguesa, medida pelo nível do PIB, recuperará a sua atividade pré-pandemia em meados de 2022, indica o banco central.
"No final do horizonte de projeção, as exportações de turismo encontram-se ainda ligeiramente abaixo das de 2019", lê-se no relatório. No documento, prevê-se um contributo de apenas 0,8 pontos percentuais das exportações de serviços (onde se inclui o turismo) para o crescimento do PIB este ano, que deverá ser de 3,9%. Em 2022 o contributo das exportações de serviços será de 2,4 pontos e em 2023 de 1 ponto percentual. No ano passado, as vendas de serviços ao exterior tiraram 4,5 pontos percentuais à variação do PIB.
"A experiência da pandemia sugere a possibilidade de uma redução das viagens de negócios nos próximos anos, o que penaliza a evolução dos setores exportadores de serviços", avisa o Banco de Portugal. Ou seja, há alguns comportamentos adotados durante a pandemia que poderão permanecer mesmo depois de a crise sanitária estar resolvida e que terão reflexos na estrutura das empresas. É também por isso que o mercado de trabalho deverá levar ainda algum tempo a recuperar a normalidade, reconhece o Banco de Portugal.
Já o conjunto da economia portuguesa, medida pelo nível do PIB, recuperará a sua atividade pré-pandemia em meados de 2022, indica o banco central.