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Marques Mendes: Portugal deve ter crescido mais de 2,4% no arranque do ano

Se se confirmar o crescimento, que amanhã será anunciado pelo INE na estimativa rápida, o comentador diz que a economia avançou à boleia do investimento e das exportações, uma receita contrária à defendida pelos socialistas.

Miguel Baltazar/Negócios
14 de Maio de 2017 às 21:32
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O comentador televisivo Luís Marques Mendes disse este domingo à noite, no seu comentário habitual no jornal da noite da SIC, que a economia portuguesa deverá ter crescido mais de 2,4% no primeiro trimestre, com base na opinião de várias organizações, o que, a confirmar-se, poderá fazer com que seja o ritmo mais elevado de crescimento em sete anos.

"Se isso acontecer, é uma excelente notícia," afirmou. 

O valor – que esta segunda-feira deverá ser tornado público pelo Instituto Nacional de Estatística na estimativa rápida – terá sido conseguido, de acordo com o antigo líder social-democrata, com a aceleração das exportações e do investimento, apesar de um menor crescimento do consumo.

A revelação do comentador surge dois dias depois de também as instituições que acompanham a economia nacional anteciparem que o PIB terá subido mais de 2% no primeiro trimestre. As previsões das entidades citadas pelo Negócios oscilavam entre subidas de 2,1% e 2,7%.

Marques Mendes refere que este é resultado de uma "estratégia de crescimento correcta", embora "contrária" à que o Governo defendia, que era crescer na base do consumo.

O comentador deu ainda conta de que o Governo e os parceiros que o suportam na Assembleia da República vão acordar todas as matérias essenciais em termos de proposta de Orçamento do Estado para 2018 antes das autárquicas de 1 de Outubro, deixando para depois a divulgação do acordo e os pormenores.

Marques Mendes referiu que os principais pontos a fechar se prendem com o descongelamento de carreiras da função pública e a revisão dos escalões do IRS, em que não deverá haver acordo antes das eleições. E o que dá também ao PCP e Bloco espaço de manobra para o "discurso sem se dizer que está amarrado a um acordo".

Na arena política das autárquicas, o antigo ministro de Cavaco Silva criticou ainda Assunção Cristas pela proposta de criação de 20 novas estações no metro de Lisboa, "uma surpresa muito negativa", que "cheira a campanha eleitoral" e soa a "oportunismo". "É preciso estudar" o valor e onde se obtém o financiamento. Iniciativas deste género, disse, descredibilizam os seus autores e "são contraproducentes".

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