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Japão deverá reforçar despesa orçamental em 2017

Após ter sido confirmado que tanto as importações japonesas como as exportações voltaram a cair em Outubro, foi noticiado que o Governo nipónico pretende incrementar a despesa no Orçamento para 2017.

Reuters
21 de Novembro de 2016 às 08:25
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O Executivo nipónico deverá reforçar o papel das políticas orçamentais durante o próximo ano. De acordo com o projecto orçamental para o ano fiscal a começar em Abril de 2017 a que a agência Bloomberg teve acesso, o Governo liderado por Sinzo Abe pretende reforçar a despesa para estimular o crescimento económico, uma política orçamental a ser levada a cabo em coordenação com o anunciado abrandamento das políticas monetárias expansionistas.

 

Esta decisão surge depois de nos últimos anos (a partir de 2013) as políticas monetárias do banco central japonês – incluídas no programa económico Abenomics – terem falhado no objectivo principal de assegurar um crescimento económico sustentado. Além de que os analistas, como salienta a Bloomberg, terem demonstrado dúvidas quanto à capacidade do Banco do Japão para manter políticas monetárias tão agressivas quanto as seguidas nos últimos meses.

 

Por outro lado, a intenção de Abe acontece já depois de o presidente norte-americano eleito, Donald Trump, ter anunciado a intenção de investir 550 mil milhões de dólares na construção de infra-estruturas e de cortar impostos.

 

Tendo em conta que a política orçamental é considerada a "segunda flecha" do programa Abenomics, Shinzo Abe anunciou em Agosto último a intenção de avançar com investimentos de 28 triliões de ienes (252 mil milhões de dólares). Contudo apenas um quarto deste plano, aprovado no mês passado pelo Parlamento japonês, contempla nova despesa. O plano orçamento nipónico deverá ser aprovado no final da próxima semana.

 

Entretanto na última madrugada foram divulgados novos dados sobre a economia japonesa. Apesar da quebra das exportações, que recuaram 10,3% em Outubro face ao período homólogo, uma redução acima do esperado pelos analistas (antecipavam uma quebra de 8,5%), as vendas ao estrangeiro continuaram a ser o principal factor de crescimento económico do país.

 

Também as importações voltaram a cair (-16,5%) em Outubro, um ritmo bastante superior ao da redução das exportações, o que contribuiu para que a economia japonesa tenha registado um excedente comercial pelo segundo mês consecutivo. 

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