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ISEG antecipa melhor trimestre da economia portuguesa desde 2010
O gabinete de análise económica aponta para um crescimento do PIB de 2,4% nos primeiros três meses deste ano, a expansão mais acentuada em quase sete anos.
O ISEG está optimista sobre a evolução da economia portuguesa nos primeiros três meses deste ano, antecipando que o PIB terá subido 2,4% face ao mesmo período de 2016.
A confirmar-se esta estimativa, seria a maior subida homóloga do PIB desde o segundo trimestre de 2010 (2,5%). Em relação aos três meses anteriores, o crescimento terá sido de 0,6%.
Na síntese de conjuntura de Abril, o grupo de análise económica do ISEG destaca que "a informação disponível sugere que o primeiro trimestre de 2017 voltou a registar um nível de crescimento homólogo relativamente elevado".
No entanto, a composição do crescimento difere da dos últimos três meses de 2016, caracterizando-se por uma subida mais moderada do consumo privado, um crescimento mais intenso da formação bruta de capital fixo e um aumento mais forte das exportações e importações mas com um resultado ligeiramente negativo em termos do contributo da Posição Externa Líquida.
"Relativamente aos indicadores analisados registam-se, nos dois primeiros meses do ano, e comparativamente ao último trimestre de 2016, uma desaceleração no crescimento dos volumes de negócios do comércio a retalho e dos serviços e uma estabilização no crescimento da produção industrial. Simultaneamente, a actividade da construção teve um forte impulso no primeiro trimestre", ressaltam os economistas.
No início do mês também a Católica se mostrou mais positiva nas suas projecções para a economia nacional, tendo revisto em alta a subida do PIB no primeiro trimestre para 2,7% (superior à do ISEG). Para o conjunto do ano, o Católica-Lisbon Forecasting Lab (NECEP) antecipa mesmo um crescimento de 2,4%, o que representa a expansão anual mais forte desde 2007, exercício em que o PIB cresceu 2,5%.
Esta projecção para 2017 está também acima da do próprio Governo, que no Programa de Estabilidade inscreveu um previsão de crescimento de 1,8% para este ano.