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Intenções de investimento aumentam para 2017

As intenções de investimento em Portugal vão aumentar no próximo ano, com 25% dos investidores a revelarem ter 52 planos para o país, resultado mais positivo do que o obtido para outros países europeus, segundo um estudo da Ernst & Young.

13 de Julho de 2016 às 16:45
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O estudo EY Attractiveness Survey 2016 foi realizado para a EY, antiga Ernst & Young, pelo CSA Institute (França) em Março/Abril deste ano e teve por base o inquérito a 205 empresas, das quais 121 já estão presentes em Portugal e 84 ainda sem operação no país, incluindo entrevistas telefónicas em 20 países.

 

As respostas obtidas apontam para um crescimento das intenções de investimento, face a 2015, com 25% das empresas inquiridas a revelarem ter planos de investimento para o próximo ano, e mostram que Portugal colheu respostas mais favoráveis do que as dos outros países europeus, como por exemplo França (23%), Alemanha (23%), Reino Unido (23%), Holanda (19%) e Bélgica (16%).

 

O director executivo da EY e coordenador do estudo em Portugal, Luís Florindo adiantou que há 52 intenções de investimento em Portugal no curto prazo e explicou que aquele resultado "é especialmente influenciado pelas empresas que já têm presença" no país, 40% delas com projectos de expansão, e avançou que das empresas incluídas na amostra mas que não têm presença no país apenas 4% planeiam investir durante o próximo ano.

 

No topo dos factores de atractividade estão as qualificações, o custo da mão-de-obra, as infraestruturas de telecomunicações, de logísticas e de transportes e a estabilidade do clima social, destacando-se ainda por áreas as da produção e de investigação e desenvolvimento (I&D).

 

Destacando o 'gap' [intervalo] muito significativo entre as empresas presentes e as não presentes no que diz respeito a estes factores, Luís Florindo mostrou que, entre os menos atractivos, se destaca a flexibilidade da legislação laboral, "factor que, ainda assim, é considerado como muito ou bastante atractivo por 42% da amostra", face aos 48% para a Europa como um todo.

 

Os impostos sobre as empresas apresentam o segundo pior resultado, com 43% da amostra a considerar este factor como pouco ou nada atractivo (valor igual aos que o consideram como muito ou bastante atractivo).

 

Em 2012, a mesma pergunta indicava que apenas 31% da amostra considerava a carga fiscal como um factor atractivo, o que denota uma ligeira melhoria.

 

Numa perspectiva a três anos, embora as respostas favoráveis recuem 20 pontos percentuais em dois anos, facto é que 47% dos investidores inquiridos acreditam que a atractividade vai melhorar, também aqui um valor mais positivo do que o resultado obtido nos outros países europeus em que foram realizados estudos semelhantes, como a Alemanha (46%), Reino Unido (36%), França (21%) e Europa como um todo (36%), sendo que apenas 9% da amostra acredita que a atractividade do país vai piorar.

 

"A estagnação do crescimento e a incerteza quanto à evolução dos mercados estão a afectar as intenções de investimento a curto prazo na generalidade dos países europeus. Neste cenário, Portugal vai emergindo como a localização em quem mais investidores apresentam intenções de investir no curto prazo e em que há melhores expectativas quanto à evolução da atractividade nos próximos três anos", diz Luís Florindo, em comunicado entretanto divulgado.

 

Cerca de dois terços dos investidores da amostra continuam a escolher a Grande Lisboa e a região Norte como as mais atractivas, com a primeira a subir nas preferências e a ser considerada a melhor localização por 44% dos investidores e a segunda a manter-se inalterada face a 2015.

 

Sendo que este ano o estudo desafiou pela primeira vez os investidores a identificarem as cidades europeias mais atractivas para investimento, Lisboa surge em terceiro lugar e o Porto em quinto, entrando no 'top-5' das preferências relativamente às cidades do Sul da Europa.

 

A nível da Europa, Lisboa foi considerada como a oitava cidade mais interessante para investir, com o Porto a surgir em 11.º na percepção desta amostra, constituída em cerca de 50% por empresas que já têm presença em Portugal.

 

A EY analisou também a atractividade real, quantificando os projectos de investimento, acompanhada pelo EY Global Investment Monitor (GIM), com base em mais de 10 mil fontes noticiosas, que mostra que em 2015 foram registados 47 projectos de investimento, acima da média anual de 37 projectos observada entre 2005 e 2014, mas abaixo dos 53 registados em 2014.

 

Os projectos registados em 2015 anunciaram a criação de perto de 3.500 postos de trabalho, o valor mais alto desde 2009.

 

França foi o país que mais investiu em Portugal, liderando o número de novos projectos de investimento em 2015, seguindo-se Espanha e Estados Unidos. Só da União Europeia vieram 64% dos nos projectos.

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