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Investimento empresarial deve crescer 6% este ano
Os dados divulgados pelo INE apontam para um crescimento de 6% para o investimento empresarial este ano. As perspectivas de quedas nas vendas são o principal entrave.
O investimento empresarial deverá registar uma taxa de variação de 6% este ano, de acordo com as intenções manifestadas pelas empresas no Inquérito de Conjuntura ao Investimento de Abril do Instituto Nacional de Estatística (INE). Este valor contrasta com a variação de 3,1% obtida no inquérito de Outubro do ano passado.
Os dados do gabinete de estatística indicam que o aumento da Formação Brutal de Capital Fixo este ano está relacionado com o "contributo positivo de 7,4 pontos percentuais das empresas pertencentes ao quarto escalão [mais de 500 funcionários], em resultado de uma taxa de variação de 22,4%". O segundo contributo para esta evolução foi dado por empresas do terceiro escalão – que empregam entre 250 e 499 funcionários – que teve um "contributo de 1,2 pontos percentuais e o contributo de 0,7 pontos percentuais (variação de 2,2%) das empresas do segundo escalão (entre 50 e 249 pessoas ao serviço)".
"Em sentido oposto, as empresas do primeiro escalão (menos de 50 pessoas ao serviço) apresentaram um contributo negativo de 3,4 pontos percentuais, em resultado de uma redução de 13,4% do investimento em 2016".
Ainda segundo a mesma fonte, entre o ano passado e este, para o total das actividades, "investimento de substituição manteve-se como o principal objectivo do investimento, seguindo-se a extensão da capacidade produtiva". Sendo que, a meta de outros investimentos representam 13,4% do total do investimento empresarial na média dos dois anos. Os objectivos de racionalização e reestruturação representam 9,1% do total do investimento empresarial na média dos dois anos.
"Entre 2015 e 2016, o peso relativo dos objectivos de substituição e de outros investimentos deverá diminuir (-1,2 p.p. e -0,1 p.p., respectivamente), enquanto o peso dos objectivos de racionalização e reestruturação e de extensão da capacidade de produção deverá aumentar (1,2 p.p. e 0,1 p.p.)".
No caso da indústria transformadora, tendo em conta o peso médio dos dois anos, 43,8% do investimento teve como objectivo a extensão da capacidade de produção. E 28,8% a substituição, escreve o INE.
"Relativamente às empresas exportadoras, a extensão da capacidade de produção também se destacou como o principal objectivo do investimento em 2015 e 2016 (peso de 47,1% na média dos dois anos), seguindo-se o investimento de substituição (26,2%)".