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Inflação na Zona Euro alivia para 6,1% em maio. Portugal tem maior descida em cadeia

Novo alívio na inflação da Zona Euro é explicado pela desaceleração dos preços na energia e alimentos, intensificada pelo "efeito base". Preços no consumidor invertem assim a aceleração registada em abril. Em Portugal, a variação mensal do IHPC foi negativa em 0,4%.

O consumo privado e o investimento das empresas abrandaram no final do ano, penalizados pela subida de preços e das taxas de juro.
Darren Staples/Reuters
01 de Junho de 2023 às 10:11
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A inflação na Zona Euro abrandou para 6,1% em maio, segundo a estimativa rápida divulgada esta quinta-feira pelo Eurostat. O novo alívio surge depois de os preços no consumidor terem invertido em abril a tendência decrescente que se verificava há cinco meses consecutivos e é explicado pelo abrandamento da subida de preços na energia e alimentos.

A estimativa do Eurostat aponta para que o Índice Harmonizado de Preços no Consumidor (IHPC) do euro terá sido inferior em 0,9 pontos percentuais face ao registado em abril. Para essa desaceleração, está a contribuir sobretudo o chamado "efeito base" da inflação. Há um ano, a variação homóloga do IHPC era de 8,1%.

A contribuir para esse abrandamento na variação homóloga do IHPC esteve sobretudo a energia, cujo índice aliviou de 2,4% em abril para -1,7%. A variação de preços na energia regressa assim a terreno negativo, depois de, em março, os produtos energéticos terem registado a primeira variação negativa em dois anos (-0,9%).

Também os preços da alimentação, álcool e tabaco mantiveram uma trajetória decrescente, abrandando de 13,5% em abril para 12,5%. Essa desaceleração verificou-se também nas restantes grandes componentes do IHPC, com os preços dos bens industriais não-energéticos a aliviarem de 6,2% em abril para 5,8% e os serviços a registarem uma variação de 5%, menos duas décimas do que no mês anterior.

Já a inflação subjacente, que exclui as componentes que são mais suscetíveis a variações de preços (energia e alimentos não transformados) e a que o Banco Central Europeu (BCE) tem estado particularmente atento, voltou a abrandar. O Eurostat estima que, em maio, a subida inflação subjacente tenha travado de 7,3% em abril para 6,9%.

Portugal com maior descida mensal no euro
Entre os 20 países do euro, a esmagadora maioria dos países registou um alívio generalizado nos preços de venda ao consumidor em maio. Porém, Malta terá visto a variação homóloga manter-se inalterada nos 6,4% e, em contraciclo, os Países Baixos terão registado uma nova aceleração nos preços em maio, de 5,8% para 6,8%.

As variações homólogas mais baixas dos preços terão sido observadas no Luxemburgo (2%), Bélgica (2,7%) e Espanha (2,9%). Do lado oposto da tabela, a Letónia e Eslováquia (ambas com 12,3%) e a Estónia (11,2%) terão tido as maiores subidas homólogas dos preços. Já Portugal viu a subida de preços aliviar de 6,9% para 5,4% em maio.


No que toca à variação em cadeia (de abril para maio), a inflação na Zona Euro ter-se-á mantido inalterada. A maior descida mensal terá, segundo a estimativa rápida, sido registada em Portugal, com o IHPC a cair 0,4% em cadeia. Já a Grécia e a Croácia terão conhecido as maiores subidas mensais em maio: 0,6%.

(notícia atualizada às 10h38)
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