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Inflação na Alemanha atinge máximos de quatro anos e meio
A taxa de inflação na Alemanha superou a meta definida como ideal pelo Banco Central Europeu (BCE), atingindo máximos de quatro anos e meio.
A taxa de inflação na Alemanha aumentou de 1,9%, em Janeiro, para 2,2% em Fevereiro, revelou esta quarta-feira, 1 de Março.
O aumento de preços no consumidor foi o mais acentuado desde Agosto de 2012 e s superou as estimativas dos economistas consultados pela Reuters que apontavam para uma taxa de 2,1%.
Os principais responsáveis pela evolução da inflação foram a energia e a alimentação.
A taxa de inflação superou assim o patamar considerado ideal pelo BCE, de perto mas abaixo dos 2%.
A subida de preços na Alemanha tem gerado algum ruído em torno da política monetária do BCE, com alguns especialistas a defenderem que o banco central comece a retirar estímulos à economia. O presidente do BCE, Mario Draghi, já deixou claro que tão cedo não haverá retirada de estímulos, até porque será necessário que se verifique uma subida de preços generalizada, o que não tem sido verificado.
Esta quarta-feira, 1 de Março, o governador do Bundessbank, Jens Weidmann, afirmou que "assumindo que os preços do petróleo não sobem mais… a inflação este ano deverá" superar as previsões. "Para a Alemanha, é esperada uma revisão em torno de um ponto percentual e meio, e talvez seja o caso para a Zona Euro como um todo", afirmou Weidmann, citado pela Reuters.
O responsável alemão defende que apesar de se prever que os preços no consumidor subam mais este ano, a política monetária acomodatícia permanece apropriada.