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Inflação em agosto trava mais do que o estimado. Abranda para 8,9%

Os dados do INE mostram que, ao invés dos 9% inicialmente avançados, o índice de preços ao consumidor recuou para 8,9%, sendo este o primeiro abrandamento da inflação em 12 meses.

Com a subida dos preços, as famílias apertaram o cinto. Só a despesa com alimentação subiu, mas pouco.
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Joana Almeida JoanaAlmeida@negocios.pt 12 de Setembro de 2022 às 11:15
O Instituto Nacional de Estatística (INE) reviu esta segunda-feira em baixa as estimativas apontadas para a taxa de inflação em agosto. A autoridade de estatísticas dá conta de que o índice de preços ao consumidor recuou para 8,9%, ao invés dos 9% inicialmente avançados, sendo este o primeiro recuo em 12 meses.

"A variação homóloga do Índice de Preços no Consumidor (IPC) foi 8,9% em agosto de 2022, taxa inferior em 0,2 pontos percentuais à observada no mês anterior", lê-se na nota divulgada pelo INE, com os dados finais da inflação.
O INE dá conta de que, em agosto, os bens alimentares e bebidas não alcoólicas, bem como os trabsportes e a habitação, água, eletricidade, gás e outros combustíveis foram as classes de produtos que mais contribuíram para a subida da taxa de inflação. Em contraciclo, destacou-se a saúde, com as maiores descidas homólogas.

O indicador de inflação subjacente, que exclui todos os produtos alimentares não transformados e os produtos energéticos, terá mantido uma trajetória de subida dos últimos meses: atingiu os 6,5% em agosto, mais 0,3 pontos percentuais do que o registado no mês anterior. Este é o valor mais elevado desde março de 1994.

Já o índice relativo aos produtos energéticos recuou 7,2 pontos percentuais, face ao mês anterior, para se fixar nos 24% em agosto, sendo o principal responsável pelo recuo do índice geral.

Em contraciclo, também o índice referente aos produtos alimentares não transformados subiu de 13,2% em julho para 15,4% em agosto, ou seja, mais 2,2 pontos percentuais. 


Em comparação com o mês anterior, registou-se uma variação mensal do índice de preços ao consumidor negativa (-0,3%). Já a variação média dos últimos doze meses foi 5,3%, depois de em julho ter tocado os 4,7%.

O Índice Harmonizado de Preços no Consumidor (IHPC) português, que permite a comparação com outros Estados-membros da União Europeia, terá registado uma variação homóloga de 9,3%, um valor inferior em 0,1 pontos percentuais ao do mês anterior e superior em 0,2 pontos percentuais ao estimado pelo Eurostat para a zona euro. Estima-se ainda uma variação média do IHPC nos últimos doze meses foi de 5,4%.

(Notícia atualizada às 11h29)
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