Notícia
Inflação em agosto trava mais do que o estimado. Abranda para 8,9%
Os dados do INE mostram que, ao invés dos 9% inicialmente avançados, o índice de preços ao consumidor recuou para 8,9%, sendo este o primeiro abrandamento da inflação em 12 meses.
"A variação homóloga do Índice de Preços no Consumidor (IPC) foi 8,9% em agosto de 2022, taxa inferior em 0,2 pontos percentuais à observada no mês anterior", lê-se na nota divulgada pelo INE, com os dados finais da inflação.
O indicador de inflação subjacente, que exclui todos os produtos alimentares não transformados e os produtos energéticos, terá mantido uma trajetória de subida dos últimos meses: atingiu os 6,5% em agosto, mais 0,3 pontos percentuais do que o registado no mês anterior. Este é o valor mais elevado desde março de 1994.
Já o índice relativo aos produtos energéticos recuou 7,2 pontos percentuais, face ao mês anterior, para se fixar nos 24% em agosto, sendo o principal responsável pelo recuo do índice geral.
Em contraciclo, também o índice referente aos produtos alimentares não transformados subiu de 13,2% em julho para 15,4% em agosto, ou seja, mais 2,2 pontos percentuais.
Em comparação com o mês anterior, registou-se uma variação mensal do índice de preços ao consumidor negativa (-0,3%). Já a variação média dos últimos doze meses foi 5,3%, depois de em julho ter tocado os 4,7%.
O Índice Harmonizado de Preços no Consumidor (IHPC) português, que permite a comparação com outros Estados-membros da União Europeia, terá registado uma variação homóloga de 9,3%, um valor inferior em 0,1 pontos percentuais ao do mês anterior e superior em 0,2 pontos percentuais ao estimado pelo Eurostat para a zona euro. Estima-se ainda uma variação média do IHPC nos últimos doze meses foi de 5,4%.