Notícia
INE defende-se: revisões do PIB estão dentro da média da UE
A revisão ao PIB feita pelo INE com a mudança da base das contas nacionais está em linha com o que aconteceu noutros países europeus.
A revisão ao PIB feita pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) em setembro está em linha com as revisões feitas pelos outros gabinetes de estatísticas da União Europeia. Esta conclusão é tirada do destaque das contas nacionais trimestrais divulgadas esta sexta-feira, 29 de novembro, onde o INE divulga um gráfico do Eurostat que compara a dimensão das revisões dos 17 Estados-membros que as fizeram.
"Com a informação já publicada, é agora possível uma perspetiva comparativa das alterações realizadas nos vários países da União Europeia", escreve o Instituto. Em causa está a alteração regular da base das contas nacionais de 2011 para 2016, o que incluiu alterações metodológicas e incorporação de mais informação que anteriormente não estava disponível.
Estes novos dados resultaram, portanto, de uma revisão programada e regular, mas ganharam maior importância quando foram divulgados por terem chegado a duas semanas das eleições e mostrarem uma evolução mais positiva do PIB nos últimos três anos, ou seja, durante a governação do Executivo que então se recandidatava. Na altura, o primeiro-ministro, António Costa, fez questão de dizer que "todos os anos o INE tem revisto em alta as suas estimativas".
No caso de Portugal, a atualização das estatísticas mostrou de facto que houve mais crescimento económico durante a legislatura passada face ao calculado anteriormente. As principais diferenças ocorreram em 2016, 2017 e 2018: o PIB cresceu mais 0,1 pontos percentuais, 0,7 p.p. e 0,3 p.p., respetivamente, em cada um desses anos. O fator principal para um PIB maior foi a revisão em alta do investimento, seguido das exportações.
No destaque de hoje, o gabinete de estatísticas defende a sua credibilidade, calculando que "a revisão média do PIB português no período de 2015 a 2018 foi 0,4%" quando considerada a evolução percentual. Em valores absolutos, a revisão média do PIB nominal em Portugal foi de 0,5%. Nas duas óticas, a revisão do INE está em linha com a média simples (sem ponderação do peso do PIB) da União Europeia a 28, tal como mostram estes dois gráficos.
As revisões em alta foram mais expressivas em países como a Lituânia (mais de dois pontos percentuais), o Reino Unido, a Hungria, Chipre, a Bélgica e a Bulgária (mais de um ponto percentual). No caso das revisões em baixa, foi na Alemanha que se deu a alteração mais expressiva (quase um ponto percentual). No gráfico também é possível encontrar países com revisões mais curtas do que Portugal.
A conclusão do Eurostat também é positiva para o Sistema Europeu de Contas, a metodologia comum dos países da UE. O gabinete de estatísticas europeu concluiu que os efeitos desta alteração da base das contas nacionais "foram muito menores" face à revisão anterior aplicada em 2014, sugerindo que as estatísticas tornaram-se mais robustas.
"Com a informação já publicada, é agora possível uma perspetiva comparativa das alterações realizadas nos vários países da União Europeia", escreve o Instituto. Em causa está a alteração regular da base das contas nacionais de 2011 para 2016, o que incluiu alterações metodológicas e incorporação de mais informação que anteriormente não estava disponível.
No caso de Portugal, a atualização das estatísticas mostrou de facto que houve mais crescimento económico durante a legislatura passada face ao calculado anteriormente. As principais diferenças ocorreram em 2016, 2017 e 2018: o PIB cresceu mais 0,1 pontos percentuais, 0,7 p.p. e 0,3 p.p., respetivamente, em cada um desses anos. O fator principal para um PIB maior foi a revisão em alta do investimento, seguido das exportações.
No destaque de hoje, o gabinete de estatísticas defende a sua credibilidade, calculando que "a revisão média do PIB português no período de 2015 a 2018 foi 0,4%" quando considerada a evolução percentual. Em valores absolutos, a revisão média do PIB nominal em Portugal foi de 0,5%. Nas duas óticas, a revisão do INE está em linha com a média simples (sem ponderação do peso do PIB) da União Europeia a 28, tal como mostram estes dois gráficos.
As revisões em alta foram mais expressivas em países como a Lituânia (mais de dois pontos percentuais), o Reino Unido, a Hungria, Chipre, a Bélgica e a Bulgária (mais de um ponto percentual). No caso das revisões em baixa, foi na Alemanha que se deu a alteração mais expressiva (quase um ponto percentual). No gráfico também é possível encontrar países com revisões mais curtas do que Portugal.
A conclusão do Eurostat também é positiva para o Sistema Europeu de Contas, a metodologia comum dos países da UE. O gabinete de estatísticas europeu concluiu que os efeitos desta alteração da base das contas nacionais "foram muito menores" face à revisão anterior aplicada em 2014, sugerindo que as estatísticas tornaram-se mais robustas.