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INE confirma inflação de 8,7% em junho, a mais alta desde dezembro de 1992

Dados finais do INE confirmam que a subida homóloga da inflação em junho foi de 8,7%. Taxa é superior em 0,7 pontos percentuais à observada em maio e é a mais elevada desde dezembro de 1992.

Uma subida acentuada dos bens alimentares pode afetar mais as famílias de rendimentos mais baixos, uma vez que gastam uma maior parte do seu salário em alimentação.
GettyImages
12 de Julho de 2022 às 11:11
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O Instituto Nacional de Estatística (INE) confirmou esta terça-feira que a taxa de inflação registou uma subida homóloga de 8,7% em junho. Em comparação com o mês anterior, foi registada uma aceleração de 0,7 pontos percentuais no índice de preços ao consumidor, sendo este é o valor mais elevado desde dezembro de 1992.

O indicador de inflação subjacente, que exclui produtos alimentares não transformados e energéticos, também acelerou, tendo registando em junho uma variação de 6%. O valor coindice com o que foi anteriormente avançado pela estimativa rápida do INE e corresponde ao valor mais elevado desde junho de 1994.

No cabaz de produtos analisados pelo INE, destacou-se o índice de preços relativo aos produtos energéticos, que acelerou 31,7%. Em comparação com maio, a variação nos preços dos produtos energéticos aumentou 4,4 pontos percentuais, para atingir o valor mais elevado desde agosto de 1984, ou seja, dos últimos 38 anos.

Também o índice referente aos produtos alimentares não transformados registou uma variação homóloga de 11,9%, o que compara com os 11,6% registados em maio.

Por classes de consumo individual, verifica-se que, em junho, as maiores contribuições positivas para a variação homóloga da inflação foram dadas pelos bens alimentares e bebidas não alcoólicas, pelos transportes e pela habitação, água, eletricidade, gás e outros combustíveis.

"Nas classes com contribuições negativas destaca-se a da Saúde, em consequência do alargamento dos critérios de isenção de taxas moderadoras no Serviço Nacional de Saúde (SNS)", indica o INE.

Inflação acima da média da zona euro
Já o Índice Harmonizado de Preços no Consumidor (IHPC), que permite comparar a inflação em Portugal com a dos restantes países da União Europeia, apresentou uma variação homóloga de 9%. Essa taxa é superior em 0,9 pontos percentuais ao registado em maio e superior em 0,4 pontos percentuais ao valor estimado pelo Eurostat para a zona euro.

Excluindo os produtos alimentares não transformados e energéticos, o IHPC em Portugal atingiu uma variação homóloga de 6,6% em junho, superior aos 4,6% estimados para a zona euro.

(notícia atualizada às 11h21)
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