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INE confirma abrandamento da inflação para 2,2% em abril

Variação homóloga da inflação voltou a desacelerar no mês de abril, depois de ter acelerado no mês anterior. Inflação subjacente atingiu os 2%. Variação homóloga dos preços na energia atinge o valor mais elevado desde o final de 2022.

O consumo privado na Alemanha está a ser penalizado pela subida de preços e das taxas de juro.
Annegret Hilse/Reuters
13 de Maio de 2024 às 11:12
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O Instituto Nacional de Estatística (INE) confirmou esta segunda-feira que a taxa de inflação homóloga abrandou para 2,2% em abril. Essa desaceleração aconteceu depois de, em março, a taxa de inflação ter acelerado pelo segundo mês desde o início do ano, tendo a inflação "crítica" atingindo os 2%.

"A variação homóloga do IPC [índice de preços no consumidor] foi 2,2% em abril de 2024, taxa inferior em 0,1 pontos percentuais à registada no mês anterior. Com arredondamento a uma casa decimal, esta taxa coincide com o valor da estimativa rápida divulgada a 30 de abril", indica o INE, na nota divulgada.

A inflação subjacente, que exclui os produtos que estão mais sujeitos a variações de preços (produtos alimentares não transformados e energéticos, registou uma variação homóloga de 2%, em linha com a meta do Banco Central Europeu (BCE). Aliás, tem sido à evolução deste indicador ao nível da Zona Euro que o BCE tem estado especialmente atento no controlo da inflação. Esta é a variação mais baixa dos últimos dois anos. No mês anterior, a taxa foi de 2,5%. 

Por outro lado, o índice de preços dos produtos energéticos aumentou de 4,8% para 7,9% em abril, "em consequência do efeito de base associado à redução de preços registada em abril de 2023 (variação mensal de -3,2%)". A variação homóloga agora atingida na energia é a mais alta desde o final de 2022. Essa aceleração ameaça tornar o processo de desinflação mais lento, já que os preços da energia contagiam facilmente os restantes produtos do cabaz de compras considerado pelo INE.

Já o índice referente aos produtos alimentares não transformados (alimentos frescos) teve uma variação nula, depois de ter registado a primeira variação negativa desde outubro de 2021 (de -0,5%) no mês anterior. A 18 de abril do ano passado, foi quando entrou em vigor o IVA Zero num cabaz de bens alimentares essenciais.

Em termos mensais, a variação do IPC foi 0,5%, o que compara com 2% no mês precedente. A variação média dos últimos doze meses diminuiu de 2,9% para 2,6%.

O Índice Harmonizado de Preços no Consumidor (IHPC) português, que permite comparar a evolução dos preços a nível nacional com a dos restantes Estados-membros da União Europeia (UE), teve uma variação homóloga de 2,3%, um valor inferior em três décimas ao registado no mês anterior. O valor é ainda inferior em uma décima ao valor estimado pelo Eurostat para a Zona Euro.

(notícia atualizada às 11:36)
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