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INE confirma abrandamento da inflação para 2,1% em fevereiro

Variação homóloga da inflação desacelerou em fevereiro, de 2,3% para 2,1%. Inflação subjacente também registou um decréscimo, estando agora ao mesmo nível que a inflação global. Já o preço dos produtos energéticos voltou a acelerar para mais de 4%.

Comportamento do consumo das famílias alterou-se nas últimas duas décadas com a migração do peso da despesa para a casa.
Nuno Alfarrobinha
12 de Março de 2024 às 11:15
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O Instituto Nacional de Estatística (INE) confirmou esta terça-feira que a taxa de inflação desacelerou para 2,1% em fevereiro, tal como tinha antecipado. Com esse abrandamento, a variação homóloga do índice de preços no consumidor (IPC) retoma uma trajetória decrescente, após uma breve aceleração no arranque do ano.

"A variação homóloga do IPC foi 2,1% em fevereiro de 2024, taxa inferior em 0,2 pontos percentuais à registada no mês anterior. Com arredondamento a uma casa decimal, esta taxa coincide com o valor da estimativa rápida divulgada a 29 de fevereiro", indica o INE.

A inflação subjacente, que exclui os produtos cujos preços são mais voláteis (produtos alimentares não transformados e energéticos) também abrandou de 2,4% para 2,1%. Significa isso que a chamada "inflação crítica" está agora ao mesmo nível que a inflação global, algo que não acontecia desde fevereiro de 2021.

Já o índice relativo aos produtos energéticos aumentou para 4,3%, depois de ter retomado o sentido positivo em janeiro, com uma aceleração para 0,2%. Entre março e dezembro do ano passado, os preços da energia estiveram sempre em terreno negativo, ou seja, foram mais baratos em comparação com o ano anterior. Este regresso a valores positivos pode atrasar o processo de desinflação em curso.

Por outro lado, o índice referente aos produtos alimentares não transformados desacelerou para 0,8%, "parcialmente em consequência do efeito de base associado ao aumento de preços registado em fevereiro de 2023 (variação mensal de 1,4%)". Em janeiro, o preço dos alimentos não transformados tinham subido 3,1%.

Em termos mensais, a variação do IPC foi nula, ou seja, foi "idêntica no mês precedente". A variação média dos últimos doze meses diminuiu para 3,3% (3,8% em janeiro).

O índice harmonizado de preços no consumidor (IHPC) português, que permite comparações com os restantes países da União Europeia (UE) apresentou uma variação homóloga de 2,3%, um valor que compara com 2,5% registado no mês anterior. É ainda inferior em três décimas ao valor estimado pelo Eurostat para a Zona Euro.

Sem considerar produtos alimentares não transformados e energéticos, o IHPC em Portugal teve uma variação homóloga de 2,4% em fevereiro, o que compara com 2,7% em janeiro. O valor é inferior à inflação "crítica" estimada pelo Eurostat para a Zona Euro (3,3%).

(notícia atualizada às 11:26)
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