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Indicador da OCDE para a economia portuguesa recupera pelo sexto mês consecutivo

O indicador da OCDE para a economia portuguesa subiu em outubro, melhorando pelo sexto mês consecutivo. Continua a apontar para uma desaceleração do PIB, mas agora menos acentuada.

09 de Dezembro de 2019 às 11:22
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É mais um sinal de resiliência de Portugal face à desaceleração mundial: o indicador da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Económico (OCDE) para o PIB português melhorou em outubro (99,13 pontos), segundo os dados divulgados esta segunda-feira, 9 de dezembro, atingindo um máximo de dezembro (99,38 pontos) do ano passado.

Com esta subida, o indicador compósito da OCDE para a economia portuguesa, que foi desenhado para detetar pontos de viragem nos ciclos económicos entre seis a nove meses, acumula seis meses consecutivos de recuperação face aos mínimos de 2013 que atingiu em abril deste ano.

Contudo, o valor do indicador para Portugal mantém-se abaixo dos 100 pontos, o limiar que separa o estado de aceleração das economias e o estado de desaceleração. Ou seja, o indicador da OCDE continua a antecipar desaceleração para Portugal nos próximos seis a nove meses, mas essa tendência de travagem passou a ser menos acentuada.
Neste indicador da OCDE, a economia portuguesa figura melhor do que Espanha (98,58 pontos), Alemanha (98,77 pontos), Itália (99,03 pontos) e a média da Zona Euro (99,09 pontos). Contudo, está abaixo da pontuação de França (99,48 pontos), a Bélgica (99,65 pontos) e a Irlanda (99,68 pontos). A Grécia destaca-se pela positiva ao estar acima dos 100 pontos. 

Este desempenho da economia portuguesa neste indicador da OCDE está em linha com a revisão em alta das previsões das instituições e economistas internacionais e nacionais para o PIB de 2019, 2020 e 2021. Ainda esta segunda-feira os economistas consultados pela Bloomberg reviram em alta o crescimento deste ano e dos próximos dois.

Segundo a OCDE, o indicador compósito avançado aponta para uma estabilização do crescimento na maior parte dos países da OCDE, mas nas principais economias mundiais o ritmo de expansão vai manter-se abaixo do potencial. Tal como França e Itália, também o Japão e o Canadá vão estabilizar o crescimento. 

No caso dos EUA, da Alemanha e do Reino Unido, onde a desaceleração reinou nos últimos meses, a OCDE identifica "sinais de estabilização" do crescimento. No entanto, a Organização nota que a previsão para a economia britânica está rodeada de muita incerteza por causa do Brexit. 

Nas economias emergentes, a China mantém a perspetiva de estabilização do crescimento e a Índia continua a apontar para uma travagem do PIB.
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