Notícia
Ifo: Embargo ao carvão russo é suportável no curto prazo
No curto prazo, o embargo ao carvão russo pode ser "desagradável", mas Alemanha tem capacidade para encontrar outros fornecedores, diz o instituto Ifo. A nível mundial, não se antecipa escassez. Mas Rússia também pode encontrar outros clientes e, assim, evitar o impacto maior desta sanção da UE, avisa o Ifo.
08 de Abril de 2022 às 15:05
O embargo ao carvão russo pode trazer impactos negativos para a economia alemã, mas que são suportáveis no curto prazo e menos desfavoráveis do que um corte no gás. A nível mundial, não é esperada escassez de carvão - e o impacto na Rússia também depende mais das necessidades dos países que não alinharam no embargo. As conclusões são do instituto alemão Ifo.
Os 27 Estados-membros da União Europeia (UE) decidiram, na quinta-feira, impor um embargo ao carvão russo e o encerramento de portos europeus, como parte da quinta ronda de sanções contra Moscovo. "Este embargo pode ser desagradável no curto prazo, mas é gerível", conclui a economista do Ifo Karen Pittel.
Segundo a analista, isso é visível dos dados atuais das reservas de carvão e da capacidade de substituir as importações da Rússia por outros fornecedores.
A Rússia representou 57% das importações de carvão da Alemanha no ano passado. "Mas esperamos que isto possa ser compensado por importações de outros países, pelo menos nos próximos meses", afirma a economista.
Ao mesmo tempo, um embargo ao carvão tem um impacto "muito inferior" ao que teria um congelamento das importações do gás natural russo. No caso da eletricidade, o carvão pode ser substituído por lignito se necessário, que por sua vez tem quantidades disponíveis no curto para satisfazer as necessidades da indústria, sugere.
Por isso, "é provável que qualquer aumento nos preços de carvão devido ao embargo na UE seja de curto prazo", considera Karen Pittel.
Por outro lado, o embargo da UE não deve levar a uma escassez mundial de carvão no longo prazo, assegura o Ifo. "Tal como a Alemanha pode fazer contratos com novos fornecedores, a Rússia vai tentar fazer negócio com outros países que não apoiem as sanções", diz.
Neste cenário, "o impacto nos preços de carvão continua gerível, tal como as repercussões para a Rússia", afirma a economista.
Os 27 Estados-membros da União Europeia (UE) decidiram, na quinta-feira, impor um embargo ao carvão russo e o encerramento de portos europeus, como parte da quinta ronda de sanções contra Moscovo. "Este embargo pode ser desagradável no curto prazo, mas é gerível", conclui a economista do Ifo Karen Pittel.
A Rússia representou 57% das importações de carvão da Alemanha no ano passado. "Mas esperamos que isto possa ser compensado por importações de outros países, pelo menos nos próximos meses", afirma a economista.
Ao mesmo tempo, um embargo ao carvão tem um impacto "muito inferior" ao que teria um congelamento das importações do gás natural russo. No caso da eletricidade, o carvão pode ser substituído por lignito se necessário, que por sua vez tem quantidades disponíveis no curto para satisfazer as necessidades da indústria, sugere.
Por isso, "é provável que qualquer aumento nos preços de carvão devido ao embargo na UE seja de curto prazo", considera Karen Pittel.
Por outro lado, o embargo da UE não deve levar a uma escassez mundial de carvão no longo prazo, assegura o Ifo. "Tal como a Alemanha pode fazer contratos com novos fornecedores, a Rússia vai tentar fazer negócio com outros países que não apoiem as sanções", diz.
Neste cenário, "o impacto nos preços de carvão continua gerível, tal como as repercussões para a Rússia", afirma a economista.