Notícia
Fórum para a Competitividade vê PIB a travar ainda mais no quarto trimestre
O Fórum antecipa uma travagem no quarto trimestre que vai ditar um crescimento anual inferior ao projetado pelo Governo. Já a meta do défice deverá ser cumprida.
O Fórum para a Competitividade alinha na nota de conjuntura de janeiro com o ISEG e a Católica, antecipando uma continuação da travagem do PIB no quarto trimestre. Assim, o crescimento económico do total de 2018 deverá ficar abaixo da meta do Governo (2,3%).
"No 4.º trimestre de 2018, a economia portuguesa terá crescido entre 1,8% e 2,0% em termos homólogos, desacelerando dos 2,1% do trimestre anterior", antecipa o economista Pedro Braz Teixeira, diretor do Gabinete de Estudos do Fórum para a Competitividade, na nota de conjuntura que foi divulgada esta sexta-feira, 1 de fevereiro. A confirmar-se - seja 1,8%, 1,9% ou 2% - este será o crescimento homólogo mais baixo desde o segundo trimestre de 2016.
O Fórum refere que "os indicadores do quarto trimestre estiveram quase sempre em desaceleração, acompanhando fatores quer do lado da oferta (escassez crescente de trabalhadores qualificados), quer da procura". Contudo, é de assinalar que o crescimento em cadeia (do terceiro para o quarto trimestre) terá sido entre 0,5% a 0,7% - uma aceleração face aos 0,3% registados no terceiro trimestre.
Já para o conjunto do ano, o Fórum prevê que o crescimento se fixe entre os 2,1% e os 2,2%. "Um nítido abrandamento face aos 2,8% de 2017", nota. A confirmar-se este será um crescimento inferior ao de 2017, mas continuará acima dos 1,9% de 2016, dos 1,8% de 2015 ou dos 0,9% de 2014.
O valor oficial para o PIB do quarto trimestre e do conjunto do ano será divulgado a 14 de fevereiro, dia em que o Instituto Nacional de Estatística (INE) divulga a estimativa rápida das contas nacionais trimestrais.
Segundo os dados do Eurostat, a Zona Euro cresceu 1,8% em 2018, desacelerando face aos 2,4%. Este foi o pior registo da economia do euro desde 2014. A confirmarem-se as previsões, Portugal continuará a crescer acima da média do euro.
"Governo cortou investimento para compensar despesa com pessoal"
"A execução orçamental de 2018 revela um corte no investimento para compensar despesa com pessoal acima do previsto, muito provavelmente devido à introdução das 35 horas na Administração Pública", afirma Joaquim Miranda Sarmento, porta-voz do PSD para as contas públicas e responsável pela análise à execução orçamental da nota de conjuntura.
Segundo o especialista em finanças públicas, as despesas com pessoal ficaram 400 milhões de euros acima do fixado no orçamento. Contudo, uma série de despesas que não foram realizadas, nomeadamente de investimento público, mais do que compensaram essa subida. No final, a despesa total terá ficado 2,5 mil milhões de euros abaixo do orçamentado.
Tendo como base os números em contabilidade pública divulgados pela Direção-Geral do Orçamento (DGO), "é expectável que o défice em contabilidade nacional [a que interessa a Bruxelas] fique em cerca de 0,7% do PIB, ou seja, 0,3% sem o 'one-off' do Novo Banco". Ou seja, o Fórum prevê que o Governo cumpra a meta de um défice de 0,7% do PIB em 2018, previsão que reafirmou no Orçamento do Estado para 2019.
O Fórum para a Competitividade é uma associação de direito privado, sem fins lucrativos, tendo como associados várias empresas, associações empresariais e particulares.
"No 4.º trimestre de 2018, a economia portuguesa terá crescido entre 1,8% e 2,0% em termos homólogos, desacelerando dos 2,1% do trimestre anterior", antecipa o economista Pedro Braz Teixeira, diretor do Gabinete de Estudos do Fórum para a Competitividade, na nota de conjuntura que foi divulgada esta sexta-feira, 1 de fevereiro. A confirmar-se - seja 1,8%, 1,9% ou 2% - este será o crescimento homólogo mais baixo desde o segundo trimestre de 2016.
Já para o conjunto do ano, o Fórum prevê que o crescimento se fixe entre os 2,1% e os 2,2%. "Um nítido abrandamento face aos 2,8% de 2017", nota. A confirmar-se este será um crescimento inferior ao de 2017, mas continuará acima dos 1,9% de 2016, dos 1,8% de 2015 ou dos 0,9% de 2014.
O valor oficial para o PIB do quarto trimestre e do conjunto do ano será divulgado a 14 de fevereiro, dia em que o Instituto Nacional de Estatística (INE) divulga a estimativa rápida das contas nacionais trimestrais.
Segundo os dados do Eurostat, a Zona Euro cresceu 1,8% em 2018, desacelerando face aos 2,4%. Este foi o pior registo da economia do euro desde 2014. A confirmarem-se as previsões, Portugal continuará a crescer acima da média do euro.
"Governo cortou investimento para compensar despesa com pessoal"
"A execução orçamental de 2018 revela um corte no investimento para compensar despesa com pessoal acima do previsto, muito provavelmente devido à introdução das 35 horas na Administração Pública", afirma Joaquim Miranda Sarmento, porta-voz do PSD para as contas públicas e responsável pela análise à execução orçamental da nota de conjuntura.
Segundo o especialista em finanças públicas, as despesas com pessoal ficaram 400 milhões de euros acima do fixado no orçamento. Contudo, uma série de despesas que não foram realizadas, nomeadamente de investimento público, mais do que compensaram essa subida. No final, a despesa total terá ficado 2,5 mil milhões de euros abaixo do orçamentado.
Tendo como base os números em contabilidade pública divulgados pela Direção-Geral do Orçamento (DGO), "é expectável que o défice em contabilidade nacional [a que interessa a Bruxelas] fique em cerca de 0,7% do PIB, ou seja, 0,3% sem o 'one-off' do Novo Banco". Ou seja, o Fórum prevê que o Governo cumpra a meta de um défice de 0,7% do PIB em 2018, previsão que reafirmou no Orçamento do Estado para 2019.
O Fórum para a Competitividade é uma associação de direito privado, sem fins lucrativos, tendo como associados várias empresas, associações empresariais e particulares.