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FMI revê PIB português em alta para 4,4% em 2021 e 5,1% em 2022

Para este ano, o Fundo Monetário Internacional (FMI) prevê um crescimento mais lento em Portugal do que na média do euro. Já em 2022, Portugal deverá atingir um ritmo superior.

Organismo liderado por Kristalina Georgieva está agora mais preocupado do que em abril.
Gian Ehrenzeller/EPA
12 de Outubro de 2021 às 14:00
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O Fundo Monetário Internacional (FMI) reviu em alta a sua projeção de crescimento para a economia portuguesa este ano, e para o próximo. Em 2021, espera que o PIB cresça 4,4% e em 2022 acredita que o ritmo da atividade económica vai acelerar para 5,1%. Os números foram publicados esta terça-feira, no World Economic Outlook.


Em abril, o FMI previa um crescimento mais contido para este ano (de 3,9%) e para o próximo (4,8%). Ainda assim, comparando com as metas do Governo, o FMI continua um pouco mais cauteloso do que o ministro das Finanças. 


João Leão espera uma subida de 4,8% do PIB este ano e de 5,5% em 2022. Os números do FMI para 2021 também são ligeiramente mais cautelosos do que os do Conselho das Finanças Públicas e do Banco de Portugal, que atualizaram projeções em setembro e outubro, respetivamente. Já para 2022 vão ao encontro das expectativas do CFP (o Banco de Portugal não tem projeções atualizadas para o próximo ano).

 

A confirmar-se as projeções do FMI, Portugal vai crescer mais devagar do que a zona euro este ano, apesar de ter sofrido uma recessão mais profunda do que a média em 2020. A média dos países da moeda única deverá crescer 5%. Já no próximo ano, a economia portuguesa deverá atingir um crescimento ligeiramente superior, uma vez que a média do euro deverá avançar apenas 4,3%.

 

Para o mercado de trabalho, o FMI antecipa melhorias residuais da taxa de desemprego. Depois dos 7% registados em 2020, o Fundo conta com uma descida para 6,9% em 2021 e 6,7% em 2022. A inflação deverá ser de 1,2% este ano e de 1,3% no próximo. A perspetiva para 2022 fica um pouco acima da do Governo, que antevê 0,9%, usando este indicador como referencial para os aumentos a dar aos funcionários públicos.

 

Economia menos equilibrada

 

Segundo os dados do FMI, a balança de conta corrente vai degradar-se neste e no próximo ano. Depois de um défice de 1,1% do PIB em 2020, deverá registar um défice de 1,7% em 2021, acentuando-se o desequilíbrio para 2,1% em 2022. 

 

O FMI não apresenta nenhuma análise detalhada para a economia portuguesa, mas os números poderão refletir as exportações a recuperar mais devagar do que as importações, dado uma retoma a várias velocidades nos diferentes setores de atividade.

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