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Exportações crescem 4,5% em Novembro
As exportações portuguesas de bens avançaram 4,5% em Novembro de 2015, face ao mesmo período de 2014. Os dados são do Instituto nacional de Estatística (INE) e mostram que as importações cresceram a um ritmo mais lento: 1,2%.
Depois de terem registado uma contracção homóloga em Outubro, as exportações de bens recuperaram no mês seguinte, com o maior crescimento desde Julho: 4,5%. Por trás desta evolução está a venda de mercadorias para os países da União Europeia, que tiveram um resultado forte, aumentando 9,3% em comparação com o mesmo mês de 2014. O maior desta que vai para as "máquinas e aparelhos" e, segundo o INE, em especial para auto-rádios, partes para câmaras de televisão, assim com rádios e televisões).
Em sentido contrário aparecem as exportações para economias extra-UE recaram pelo terceiro mês consecutivo, desta vez -7,6%. Como já vem sendo hábito, isso deve-se ao comportamento dos combustíveis, que está relacionado com a descida do preço do petróleo que, ao estar mais barato, dá menos dinheiro a quem exporta. Metais comuns (barras de ferro ou aço) e produtos agrícolas também contribuíram para esse recuo.
Do lado das importações, também se registou um crescimento, embora menos expressivo (1,2%) e também com sinais diferentes entre comércio intra-UE e extra-UE. A compra de bens que tem como origem o espaço comunitário aumentou 1,9%, empurrada pelos automóveis de passageiros. Já as importações de países terceiros, foram também influenciadas pela descida do preço do petróleo, caindo 1%.
Ou seja, conhecidos agora os dados para Novembro, as exportações portuguesas de bens estão a crescer 4,1% nos primeiros 11 meses do ano, enquanto as importações estão a avançar 2,1%. De referir, que estas entradas e saídas dizem respeito apenas a mercadorias, não considerando o comércio de serviços, onde está incluído o turismo, por exemplo (esses dados são publicados pelo Banco de Portugal).
Para este resultado tem sido relevante a descida do preço do petróleo, uma vez que Portugal é um importador líquido. Em Novembro, se excluirmos os combustíveis das contas, as exportações cresceriam 7,7% e as importações 4,5%.
(Notícia actualizada às 11h25)