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Exportações e importações abrandam em setembro mas disparam face ao pré-covid

As exportações e importações de bens abrandaram em setembro face a agosto, mas estão a crescer a níveis superiores não só aos registados em 2020, mas também face aos do 2019, no pré-pandemia.

Ao contrário do que acontece nas exportações de bens, as vendas de serviços ao exterior continuam fortemente penalizadas, por causa do turismo.
Pedro Elias
09 de Novembro de 2021 às 11:43
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As exportações e importações de bens dispararam em setembro deste ano, quer quando comparado com o ano passado, ainda muito afetado pela crise da covid-19, mas também face ao mesmo mês de 2019, anterior ao pré-pandemia, divulgou o INE nesta terça-feira, 9 de novembro.

Segundo os dados divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), em setembro as exportações cresceram 10,3% em termos homólogos e 10,8% face ao mesmo mês de 2019. Já as importações aumentaram 17,5% em termos homólogos e 7,8% quando comparado ao mesmo mês pré-pandemia.

No entanto, os números do INE apontam para um abrandamento das exportações e das importações de bens em setembro. Em agosto, a venda de bens ao exterior tinha aumentado 16,9% e a compra de bens tinha subido 21,9%. 

"Excluindo combustíveis e lubrificantes, as exportações e as importações aumentaram 7,8% e 10,2%, respetivamente (+13,1% e +16,3%, pela mesma ordem, em agosto de 2021). Em comparação com setembro de 2019, registaram-se acréscimos de 9,0% nas exportações e de 5,9% nas importações", escreve o INE. 

No terceiro trimestre, as exportações de bens aumentaram 12,4% e as importações cresceram 20,2% em relação ao mesmo período de 2020, abrandando também face ao trimestre terminado em agosto deste ano. Já comparando com o período entre julho e setembro de 2019, as exportações e as importações aumentaram 9% e 5,4%, respetivamente.

Segundo o INE, "estes resultados reveem em mais 0,1 pontos percentuais e mais 0,2 pontos percentuais as taxas de variação homóloga das exportações e das importações, respetivamente, apresentadas na estimativa rápida trimestral, refletindo a inclusão de nova informação".

Já no período acumulado de janeiro a setembro de 2021, as exportações subiram 20,1% face ao mesmo período de 2020 e 4,8% e ao mesmo de 2019. As importações cresceram 18,1% face aos primeiros nove meses de 2020, mas diminuíram quando comparado com o mesmo período do pré-covid.

O INE salienta os acréscimos nos fornecimentos industriais, tanto nas exportações (que cresceram 26,3% face a 2020 e 9,4% face a 2019), como nas importações (mais 32,4% face a 2020 e 16,4% face a 2019). As vendas ao exterior de material de transporte também caíram (13,3% face a 2020 e 11,8% face a 2019), bem como as compras ao exterior, mas apenas face a 2019 ( em relação a 2020 subiram 4,9%). 

Défice da balança comercial sobe 

Perante estas variações nas exportações e nas importações, o défice da balança comercial de bens atingiu 1.719 milhões de euros em setembro. São mais 559 milhões de euros face ao mês homólogo de 2020, afirma o INE. Já quanto a setembro de 2019, o défice diminuiu 13 milhões de euros. Excluindo Combustíveis e lubrificantes, o défice da balança comercial atingiu 1.061 milhões de euros.


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