Notícia
Exportações de bens crescem 0,9%, o pior ano desde 2009
Apesar de um Dezembro forte, as exportações portuguesas de bens avançaram apenas 0,9% na totalidade de 2016, mostram os dados divulgados esta quinta-feira pelo INE. Esta variação homóloga é inferior ao crescimento registado pelas importações no mesmo período: 1,2%.
O ano terminou bem para as vendas das empresas portuguesas ao exterior, com um crescimento de 11,8% em Dezembro, face ao mesmo mês de 2015. Também as importações aceleram, com um reforço de 12,6%. No entanto, este final de ano forte - Novembro já tinha registado variações elevadas - não chegou para compensar a debilidade dos outros meses. Quando se tem em conta todo o ano, as exportações de bens cresceram abaixo de 1%.
É a variação anual mais baixa desde 2009, o ano da grande crise financeira internacional, que se viveu a seguir à falência do Lehman Brothers. Aliás, tirando esse ano de colapso comercial global (as exportações portuguesas recuaram 18,4%), é necessário recuar mais de dez anos, até 2005, para ter um ano tão negativo para exportações.
"No conjunto do ano de 2016 as exportações de bens aumentaram 0,9% em relação ao ano anterior, o que representa uma desaceleração face ao acréscimo de 3,7% verificado em 2015. As importações de bens cresceram 1,2% em 2016, correspondendo igualmente a uma desaceleração, embora menor, relativamente ao crescimento de 2015 (2,2%)", pode ler-se na publicação divulgada pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).
A evolução destes dois indicadores resulta num agravamento do défice da balança comercial de bens, que aumentou 281 milhões de euros face a 2015. Ou seja, a taxa de cobertura diminuiu ligeiramente de 82,6% para 82,4%.
Parte da responsabilidade pelo fraco dinamismo comercial está concentrada na flutuação do preço dos combustíveis. Porém, ela afecta tanto as saídas como as entradas de bens. Se excluirmos os combustíveis destas contas, as exportações teriam crescido 2,4% e as importações 4,8%.
No entanto, importa sublinhar que a compra/venda de bens representa apenas uma fatia das exportações e importações. Uma outra parte - ainda minoritária, mas em crescimento é o comércio de serviços, onde estão integradas as receitas relacionadas com o turismo. Nesse capítulo, Portugal tem apresentado um desempenho mais positivo, com crescimentos elevados.
(Corrige título. Foi o pior crescimento desde 2009 e não o pior ano em termos de valor exportado que, por norma, tem vindo a crescer todos os anos.)
"No conjunto do ano de 2016 as exportações de bens aumentaram 0,9% em relação ao ano anterior, o que representa uma desaceleração face ao acréscimo de 3,7% verificado em 2015. As importações de bens cresceram 1,2% em 2016, correspondendo igualmente a uma desaceleração, embora menor, relativamente ao crescimento de 2015 (2,2%)", pode ler-se na publicação divulgada pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).
A evolução destes dois indicadores resulta num agravamento do défice da balança comercial de bens, que aumentou 281 milhões de euros face a 2015. Ou seja, a taxa de cobertura diminuiu ligeiramente de 82,6% para 82,4%.
Parte da responsabilidade pelo fraco dinamismo comercial está concentrada na flutuação do preço dos combustíveis. Porém, ela afecta tanto as saídas como as entradas de bens. Se excluirmos os combustíveis destas contas, as exportações teriam crescido 2,4% e as importações 4,8%.
No entanto, importa sublinhar que a compra/venda de bens representa apenas uma fatia das exportações e importações. Uma outra parte - ainda minoritária, mas em crescimento é o comércio de serviços, onde estão integradas as receitas relacionadas com o turismo. Nesse capítulo, Portugal tem apresentado um desempenho mais positivo, com crescimentos elevados.
(Corrige título. Foi o pior crescimento desde 2009 e não o pior ano em termos de valor exportado que, por norma, tem vindo a crescer todos os anos.)