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Excedente externo baixa para 1% do PIB

O bom comportamento do turismo não foi suficiente para compensar o impacto do aumento dos rendimentos atribuídos a não residentes e da redução dos fundos provenientes da União Europeia.

Lisboa: Europe's Leading Cruise Destination
O aumento do turismo está a contribuir para a melhoria da balança de bens e serviços Sérgio Lemos
17 de Novembro de 2016 às 12:22
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O saldo conjunto das balanças corrente e de capital (que mede o excedente externo) atingiu 1.358 milhões de euros nos primeiros nove meses do ano, o que corresponde a 1% do PIB e compara com 2.147 milhões de euros (1,6% do PIB) no mesmo período do ano passado.

 

Os dados foram revelados esta quinta-feira, 17 de Novembro, pelo Banco de Portugal e dão conta de um bom comportamento da balança de bens e serviços e uma deterioração da balança de capital e da balança financeira. 

 

Segundo o banco central, o excedente da balança de bens e serviços aumentou 759 milhões de euros nos primeiros nove meses do ano, atingindo 3.606 milhões de euros. As exportações de bens desceram 0,4%, uma queda inferior à registada nas importações (-0,6%), o que resultou numa melhoria no saldo da balança de bens para um défice de 6,28 mil milhões de euros (de -5% para -4,5% do PIB).

 

Na balança de serviços o excedente é superior (aproximou-se de 10 mil milhões de euros, o que corresponde a 7,1% do PIB). Um desempenho que segundo o Banco de Portugal se explica com o bom comportamento do turismo, já que a rubrica "Viagens e turismo" apresentou um excedente de 6.839 milhões de euros, o que compara com 6.153 milhões de euros no mesmo período do ano passado.

 

Contudo, o bom desempenho da balança de bens e serviços foi mais do que anulada pela evolução das outras balanças. O Banco de Portugal destaca que o défice da balança de rendimento primário aumentou cerca de 823 milhões de euros (representando 2,9% do PIB), devido sobretudo ao "aumento dos rendimentos atribuídos a não residentes".

 

O excedente da balança de capital baixou para 1.141 milhões de euros, passando de 1,1% do PIB para 0,8% do PIB. Uma evolução que o Banco de Portugal explica com "a redução dos fundos provenientes da União Europeia".

 

Já o saldo positivo da balança financeira encolheu para 1.463 milhões de euros, passando de 1,9% do PIB para 1,1% do PIB. Sobre esta evolução o Banco de Portugal adianta que "no mês de Setembro, o efeito combinado do acréscimo dos activos de reserva e da redução de depósitos de não residentes em bancos residentes foi ligeiramente superior ao aumento dos passivos do investimento de carteira".

 
Na proposta de Orçamento do Estado, o Governo português antecipa um excedente das balanças corrente e de capital de 1,7% do PIB este ano e 2,2% em 2017. No ano passado baixou para 0,9% do PIB, face a 1% do PIB registado em 2014.

   

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