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EUA são os que mais crescem e puxam pela OCDE

A economia norte-americana acelerou no segundo trimestre e deu um impulso ao crescimento económico entre os países da OCDE. Mas este desempenho pode ser temporário.

Tiago Varzim tiagovarzim@negocios.pt 27 de Agosto de 2018 às 11:00

A economia norte-americana acelerou, em cadeia, de 0,5% no primeiro trimestre para 1% no segundo trimestre. Esta aceleração foi suficiente para acomodar os desempenhos menos positivos dos restantes países da OCDE e levar a média do conjunto a subir. Os dados foram divulgados pela Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Económico (OCDE) esta segunda-feira, dia 27 de Agosto.

O crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) na OCDE "acelerou marginalmente" para 0,6% no segundo trimestre, o que compara com um crescimento em cadeia no primeiro trimestre de 0,5%. No entanto, em termos homólogos, a conclusão é outra: o PIB do conjunto dos países da Organização desacelerou de 2,6% para 2,5%.

Dentro das principais economias avançadas que integram a OCDE, o comportamento difere. O destaque vai para os Estados Unidos cuja economia acelerou de forma significativa no segundo trimestre deste ano, duplicando o crescimento económico em comparação com os primeiros três meses do ano. Em termos homólogos, os EUA cresceram 2,8%.
Este desempenho dos EUA deve-se a um efeito que poderá ser temporário. O impulso dado à economia chegou do lado do comércio uma vez que as empresas anteciparam as suas compras ou vendas ao exterior face às tarifas que o presidente dos EUA, Donald Trump, tem anunciado constantemente e que visam parceiros comerciais importantes como a China, a União Europeia, o Canadá e o México. Apesar de Trump negar, a maior parte dos economistas prevê que o segundo semestre seja de desaceleração.


Além dos EUA, também o Japão surpreendeu pela positiva ao passar de uma ligeira contracção de 0,2% para uma subida do PIB, em cadeia, de 0,5%. A completar as subidas, ainda que de forma mais marginal, está a ligeira aceleração na Alemanha de 0,4% para 0,5% e no Reino Unido de 0,2% para 0,4%.

Já em França o crescimento económico manteve-se estável nos 0,2% e em Itália desacelerou marginalmente de 0,3% para 0,2%. Este desempenho menos positivo das economias da Zona Euro e da União Europeia levam a que o bloco europeu esteja a crescer menos (0,4%) do que o conjunto da OCDE (0,6%). Portugal foi dos poucos países da UE a acelerar no segundo trimestre, tendo crescido 0,5% em cadeia e 2,3% em termos homólogos. 

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