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Peso do endividamento da economia atinge mínimo de 2010
A descida do endividamento do Estado permitiu compensar o agravamento sentido no sector privado. O peso do endividamento está em mínimos de oito anos.
O endividamento da economia portuguesa (Estado, empresas e famílias), desceu de forma ligeira em Setembro, totalizando 719 mil milhões de euros.
Segundo os dados revelados esta quinta-feira pelo Banco de Portugal, trata-se de uma redução de 200 milhões de euros face a Agosto, que se deve à queda de 600 milhões de euros no endividamento público, já que no privado registou-se um agravamento de 400 milhões de euros.
Segundo as estatísticas do Banco de Portugal, o peso do endividamento da economia no PIB fixou-se nos 361% no terceiro trimestre de 2018. Este é o valor mais baixo desde o terceiro trimestre de 2010, altura em que o peso do endividamento da economia era de 356% do PIB.
Em Agosto o endividamento do sector não financeiro tinha aumentado quase 2 mil milhões de euros, mas ainda assim fixou-se abaixo do máximo histórico atingido precisamente em Agosto do ano passado nos 724,6 mil milhões de euros.
O decréscimo do endividamento do sector público (319,1 mil milhões de euros) "traduziu-se, sobretudo, numa diminuição do endividamento face ao sector não residente e às próprias administrações públicas, parcialmente compensada pelo aumento do financiamento concedido pelo sector financeiro", refere o Banco de Portugal.
No sector privado, que acumula um endividamento de 399,9 mil milhões de euros, o Banco de Portugal explica que observou-se um incremento do endividamento externo das empresas em 900 milhões de euros, "parcialmente compensado pela redução do endividamento das empresas e dos particulares face ao sector financeiro em 300 e 100 milhões de euros, respectivamente".
(Notícia actualizada às 11h47 com o peso do endividamento na economia)