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Empresas exportadoras antecipam aumento de 2,9% nas exportações de bens

Otimismo contraria o decréscimo observado nas exportações de bens entre janeiro e novembro de 2023. Maior acréscimo é esperado nas exportações de máquinas e material de transporte. Perspetivas refletem, "em elevado grau, incerteza quanto aos desenvolvimentos do enquadramento internacional".

Desde 2020, o peso das multinacionais nas exportações portuguesas está a encolher.
Pedro Elias
26 de Janeiro de 2024 às 11:15
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As empresas exportadoras antecipam um aumento nominal de 2,9% das suas exportações de bens em 2024, revela esta sexta-feira o Instituto Nacional de Estatística (INE). Esse otimismo contraria a trajetória de decréscimo nas exportações de bens observada entre janeiro e novembro do ano passado.

O inquérito sobre perspetivas de exportação de bens (IPEB) para 2024, realizado em novembro de 2023, mostra que o maior acréscimo é esperado nas exportações de máquinas (4,5%) e material de transporte (4,3%). Já nos fornecimentos industriais não especificados, as empresas estão a prever um decréscimo de 0,7%.

Em termos de dimensão das empresas, apenas as micro empresas (com menos de 10 pessoas ao serviço e que representam apenas 5% das empresas analisadas) preveem uma diminuição das suas exportações de bens em 2024 (-3,8%), contrariando a expectativa da globalidade das empresas inquiridas.

As empresas de maior dimensão (com 250 ou mais pessoas ao serviço, que representam 15% das empresas em análise) antecipam uma subida nominal de 4,7% nas suas exportações. Já as médias empresas (52% do total em análise) esperam um aumento nominal de 3,2% e as pequenas (28%) anteveem uma subida de 0,9%.

O gabinete de estatísticas indica que "a incerteza quanto à evolução dos preços volta a ser apontada pelas empresas como um fator que influencia de forma significativa as suas previsões de exportação de bens para 2024, bem como novas linhas de produção ou novos produtos e mercados".

Baseados nas perspetivas de crescimento, os resultados do inquérito, devem ser "encarados como indicando tendências condicionadas pela informação disponibilizada pelas empresas no período de resposta". Assim, "as perspetivas das empresas quanto às suas exportações de bens para 2024 poderão também refletir, em elevado grau, a incerteza quanto aos desenvolvimentos do enquadramento internacional", indica o INE.

(notícia atualizada às 11:38)

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