Notícia
Empresas consideram apoios insuficientes, tardios e demasiado burocráticos
Os apoios às empresas são poucos, demoram demasiado tempo a chegar e dão muito trabalho a candidatar. São estes os reparos dos principais representantes das empresas em Portugal. Mas os apoios comunitários são uma oportunidade.
20 de Abril de 2021 às 18:29
As principais associações de empresas em Portugal, a CIP, a CCP e a CCPME consideraram numa audição parlamentar esta terça-feira, que as medidas de apoio às empresas foram, até agora, insuficientes, tardias e demasiado burocráticas. Para o futuro há que manter e aumentar as ajudas.
A principal crítica tecida ao Governo é bem expressada por João Vieira Lopes, presidente da CCP, que quis deixar claro que "a variável tempo é tão importante como a correção das medidas". É que os ajustes têm chegado "tarde demais" para algumas empresas que, esbatidas pela pandemia, já não foram a tempo de usufruir de apoios que lhes seriam fulcrais.
Já Jorge Pisco, presidente da CCPME, salienta que "99,9% do tecido empresarial português é composto por micro, pequenas e médias empresas", que "foram sempre o parente pobre dos Governos, vistas como pouco eficientes". Agora, um ano depois da entrada em cena da pandemia, "a situação em que se encontram é muito preocupante", sobretudo para as micro empresas que estão sem fundos.
Face à falta de apoios, os representantes das empresas salientaram ainda a importância de apoiar as empresas sem que estas aumentem o endividamento, através de apoios a fundo perdido que não se têm materializado, e da utilização do Banco de Fomento. A questão foi levantada primeiro por António Saraiva, presidente da CIP, que adiantou ter sugerido ao Governo a "conversão de garantias do estado em incentivos a fundo perdido" dirigidos às empresas, que nunca chegaram a acontecer. Quanto às medidas existentes, considerou-as "insuficientes".
Já sobre os fundos que estão por vir, João Vieira Lopes considera que o Portugal 2030 e o PRR são oportunidades únicas de reestruturar o tecido empresarial português, colocando as empresas portuguesas, sobretudo as mais pequenas e com menos meios, "a trabalhar em rede, a associar-se e mesmo a fundir-se". António Saraiva apelou à "consulta pública" na aplicação dos fundos.
No final, Vieira Lopes alertou ainda para um problema estrutural. Segundo presidente da CCP, o quadro fiscal dificulta a capitalização própria das empresas e beneficia quem recorre a empréstimos. "Isto cria uma estrutura mental empresarial errada que prevalece em muitas empresas portuguesas de pequena e média dimensão".
A principal crítica tecida ao Governo é bem expressada por João Vieira Lopes, presidente da CCP, que quis deixar claro que "a variável tempo é tão importante como a correção das medidas". É que os ajustes têm chegado "tarde demais" para algumas empresas que, esbatidas pela pandemia, já não foram a tempo de usufruir de apoios que lhes seriam fulcrais.
Face à falta de apoios, os representantes das empresas salientaram ainda a importância de apoiar as empresas sem que estas aumentem o endividamento, através de apoios a fundo perdido que não se têm materializado, e da utilização do Banco de Fomento. A questão foi levantada primeiro por António Saraiva, presidente da CIP, que adiantou ter sugerido ao Governo a "conversão de garantias do estado em incentivos a fundo perdido" dirigidos às empresas, que nunca chegaram a acontecer. Quanto às medidas existentes, considerou-as "insuficientes".
Já sobre os fundos que estão por vir, João Vieira Lopes considera que o Portugal 2030 e o PRR são oportunidades únicas de reestruturar o tecido empresarial português, colocando as empresas portuguesas, sobretudo as mais pequenas e com menos meios, "a trabalhar em rede, a associar-se e mesmo a fundir-se". António Saraiva apelou à "consulta pública" na aplicação dos fundos.
No final, Vieira Lopes alertou ainda para um problema estrutural. Segundo presidente da CCP, o quadro fiscal dificulta a capitalização própria das empresas e beneficia quem recorre a empréstimos. "Isto cria uma estrutura mental empresarial errada que prevalece em muitas empresas portuguesas de pequena e média dimensão".