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Economistas internacionais melhoram previsões de crescimento de Portugal
A nova estimativa dos economistas inquiridos pela Bloomberg é uma décima mais elevada do que a avançada em junho.
A economia portuguesa deverá crescer 1,7% este ano, de acordo com as estimativas de 19 economistas (sobretudo internacionais) sondados pela Bloomberg.
Esta previsão, publicada esta segunda-feira pela agência de notícias, representa uma revisão em alta, já que em junho o consenso dos mesmos economistas apontava para um crescimento de 1,6%.
A melhoria de uma décima surge depois do INE ter revelado a evolução do PIB de Portugal referente ao segundo trimestre. O instituto de estatística português anunciou a 14 de agosto que a economia portuguesa cresceu 1,8% no segundo trimestre face ao período homólogo e 0,5% contra os três primeiros meses do ano.
A economia portuguesa foi das poucas da Zona Euro a escapar à tendência de abrandamento da região, o que poderá explicar a perspetiva um pouco mais favorável dos economistas para a e economia portuguesa. A sondagem da Bloomberg foi conduzida entre 30 de agosto e 5 de setembro, já depois do relatório do INE para o PIB do segundo trimestre.
A ligeira revisão em alta coloca a economia portuguesa a crescer em linha com o estimado pelo Banco de Portugal, que em junho publicou as suas previsões para a economia, mantendo a estimativa de um crescimento de 1,7% em 2019. E persiste abaixo do estimado pelo Governo, que aponta para um crescimento de 1,9% este ano.
No que diz respeito a 2020, os economistas internacionais mostram-se menos otimistas. Apontam para um crescimento do PIB de 1,4%, o que representa uma revisão em baixa face à estimativa de junho (1,5%). Depois de dois anos com crescimento a abrandar, a economia deverá estabilizar em 2021, com o PIB a crescer 1,4% (acima dos 1,1% estimados em junho).
Quanto às previsões trimestrais, os economistas inquiridos pela Bloomberg mantiveram a estimativa de crescimento em cadeia de 0,4% no terceiro trimestre e baixaram a previsão para os últimos três meses de 2019 (+0,3%, contra 0,4% em junho).