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Economia portuguesa mais lenta a recuperar que espanhola devido às restrições

A Capital Economics aponta para uma contração de 3% no primeiro trimestre e depois uma recuperação célere, o que conduzirá a um crescimento de 4% no acumulado do ano. Ainda assim, menos que a economia espanhola.

Espanha e Portugal, duas economias muito turísticas, estão com mais dificuldade em recuperar a atividade económica perdida.
António Cotrim/Lusa
16 de Fevereiro de 2021 às 17:16
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A economia portuguesa vai registar um crescimento de 4% em 2021, apesar de ser expetável uma contração de 3% no primeiro trimestre devido ao confinamento. Estas previsões são da Capital Economics, que antecipa uma recuperação mais célere em Espanha, país onde as restrições para conter a pandemia são atualmente mais brandas do que em Portugal.

 

Num relatório publicado esta terça-feira, os economistas da Capital Economics escrevem que a sua melhor previsão aponta para uma queda em cadeia de 3% no PIB de Portugal no primeiro trimestre, pior do que o esperado há poucas semanas e "muito mais" do que a contração de 0,5% estimada na economia espanhola.

 

Esta diferença está relacionada com o nível mais apertado de restrições que está em vigor em Portugal, que está a enfrentar a "pior vaga de covid-19 da Europa", apesar das melhorias nos últimos dias.

 

Ambas as economias são fortemente dependentes do turismo, pelo que o ritmo de recuperação está dependente do desenrolar do plano de vacinação. Ainda assim, no seu modelo, a Capital Economics colocou o alívio da maior parte das restrições em maio e junho e conta com o regresso do turismo este verão, com o fim das restrições nas viagens em junho/julho.

 

Se acabarem as restrições nas viagens em maio/junho, as despesas no turismo vão passar de 45% do registado em 2019 no ano passado para 75% este ano. Esta melhoria, só por si, contribuirá para elevar o crescimento do PIB em dois pontos percentuais, assinala a Capital Economics.

 

Assim, a Capital Economics ainda está a apontar para um "forte crescimento" no segundo e terceiro trimestres, o que resultará num crescimento de 4% na totalidade de 2021, em linha com as estimativas da Comissão Europeia, mas abaixo do previsto pelo Conselho de Finanças Públicas (4,8%).

 

Apesar disso, a economia portuguesa crescerá menos que a espanhola, e chegará ao final do ano ainda 2% abaixo do registado antes da pandemia (quarto trimestre de 2019).

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