Notícia
Economia britânica contrai pela primeira vez desde 2012
A economia britânica contraiu 0,2% no segundo trimestre deste ano. É a primeira vez que tal acontece desde 2012. Contudo, é de notar que há efeitos temporários a justificar este resultado.
A economia britânica contraiu pela primeira vez em sete anos. No segundo trimestre, a contração em cadeia (face ao primeiro trimestre) foi de 0,2%, de acordo com os dados divulgados esta sexta-feira, 9 de agosto, pelo gabinete de estatísticas do Reino Unido. Contudo, é de notar que há efeitos temporários a justificar este resultado.
Após ter crescido 0,5% no primeiro trimestre em cadeia (face ao quarto trimestre de 2018), o PIB contraiu entre abril e junho, intensificando ainda mais as preocupações à volta da economia europeia. Os economistas esperavam que o crescimento em cadeia fosse nulo.
No entanto, é de notar que, em termos homólogos, ou seja, face ao segundo trimestre de 2018, a economia cresceu 1,2% no segundo trimestre de 2019, abaixo dos 1,8% registados no primeiro trimestre.
A perda de dinamismo abrupta - a diferença na evolução do PIB face ao primeiro trimestre é de 0,7 pontos percentuais - acontece por causa da queda dos inventários que as empresas tinham enchido até ao final de março, altura em que originalmente o Reino Unido deveria ter saído da União Europeia. A descida dos stocks deu um contributo negativo para o PIB na ordem dos dois pontos percentuais.
Ou seja, em parte, esta contração é justificada por fatores temporários que beneficiaram o primeiro trimestre e prejudicaram o segundo trimestre.
Mas há mais fatores a explicar esta contração. Ao registar a maior queda desde 2009, a produção industrial, especialmente no setor automóvel, contribuiu negativamente para a evolução da economia. O contributo positivo dos serviços não chegou para compensar o impacto da indústria, a qual é afetada por várias fatores, incluindo a incerteza do Brexit, o conflito comercial entre os EUA e a China e a desaceleração mundial.
Estes são os primeiros dados económicos que vão chegar à mesa de Boris Johnson no seu novo papel de primeiro-ministro britânico. O conservador prometeu tirar o Reino Unido da União Europeia até 31 de outubro com ou sem acordo.
Johnson quer injetar um estímulo orçamental na economia para lidar com as incertezas e antecipa-se que o Banco de Inglaterra corte os juros, acompanhando assim os passos que outros bancos centrais já estão a dar.
Após ter crescido 0,5% no primeiro trimestre em cadeia (face ao quarto trimestre de 2018), o PIB contraiu entre abril e junho, intensificando ainda mais as preocupações à volta da economia europeia. Os economistas esperavam que o crescimento em cadeia fosse nulo.
A perda de dinamismo abrupta - a diferença na evolução do PIB face ao primeiro trimestre é de 0,7 pontos percentuais - acontece por causa da queda dos inventários que as empresas tinham enchido até ao final de março, altura em que originalmente o Reino Unido deveria ter saído da União Europeia. A descida dos stocks deu um contributo negativo para o PIB na ordem dos dois pontos percentuais.
Ou seja, em parte, esta contração é justificada por fatores temporários que beneficiaram o primeiro trimestre e prejudicaram o segundo trimestre.
Mas há mais fatores a explicar esta contração. Ao registar a maior queda desde 2009, a produção industrial, especialmente no setor automóvel, contribuiu negativamente para a evolução da economia. O contributo positivo dos serviços não chegou para compensar o impacto da indústria, a qual é afetada por várias fatores, incluindo a incerteza do Brexit, o conflito comercial entre os EUA e a China e a desaceleração mundial.
Além disso, a construção caiu no segundo trimestre dado que a chuva fez adiar ou parar alguns projetos. Por outro lado, a queda na construção, na indústria e nos stocks ajudou a melhorar o défice comercial do Reino Unido, dando assim um contributo negativo menor para o PIB.Production (including manufacturing) gave the biggest negative contribution to GDP in Q2 https://t.co/RHyDYfgL7r pic.twitter.com/zA0hmZm4ty
— Office for National Statistics (@ONS) August 9, 2019
Estes são os primeiros dados económicos que vão chegar à mesa de Boris Johnson no seu novo papel de primeiro-ministro britânico. O conservador prometeu tirar o Reino Unido da União Europeia até 31 de outubro com ou sem acordo.
Johnson quer injetar um estímulo orçamental na economia para lidar com as incertezas e antecipa-se que o Banco de Inglaterra corte os juros, acompanhando assim os passos que outros bancos centrais já estão a dar.