Notícia
E se o PIB já tiver uma subida de 1% garantida?
A UTAO calcula que o bom desempenho da economia no quarto trimestre do ano passado permitirá um crescimento do PIB de 1% em 2017. Previsão do Governo pode até ser revista em alta.
A economia portuguesa pode ter começado o ano de 2017 a crescer já 1%, beneficiando do bom desempenho da actividade económica na recta final do ano passado. As contas são da Unidade Técnica de Apoio Orçamental (UTAO) que, numa nota distribuída esta terça-feira aos deputados a que o Negócios teve acesso, explica que o resultado do PIB para o quarto trimestre "torna menos exigente" o comportamento da economia ao longo deste ano para que o Governo consiga atingir a meta de um crescimento do PIB de 1,5%.
"Tendo em conta a divulgação dos dados das contas nacionais sobre o 4.º trimestre de 2016 pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), o efeito de base associado ao PIB de 2016 que irá influenciar a medição da taxa de variação do PIB de 2017 é de cerca de 0,96 pontos percentuais. A dimensão deste "carry-over" positivo para 2017 representa dois terços do crescimento esperado de 1,5% (previsão do Orçamento do Estado para 2017), o que significa que caso não se registe qualquer crescimento face ao ano anterior, o efeito base que transita de 2016 permitirá um crescimento do PIB de cerca de 1%."
O efeito "carry-over" pode ser interpretado como a contribuição avançada do PIB do ano anterior para o crescimento do próprio ano.
Os técnicos do Parlamento adiantam que a importância deste efeito base de um ano para o outro na economia só encontra paralelo na passagem de 2007 para 2008.
O efeito "carry-over" que era considerado pelo Ministério das Finanças no Orçamento era pouco superior a metade do que acabou por se verificar o que torna tudo mais fácil este ano para o cumprimento do objectivo traçado no Orçamento. Por outro lado, se se mantiverem as previsões anteriores, o PIB pode crescer acima do previsto, salientam os técnicos que prestam apoio aos deputados da comissão parlamentar de Orçamento e Finanças.
"Mantendo-se a dinâmica de crescimento intra-anual, tendo em conta que o efeito de "carry-over" de 2016, após a divulgação do 4.º trimestre de 2016 feita pelo INE, é mais alto do que o que estava implícito no OE/2017, a projecção para o PIB anual poderá ser eventualmente revista em alta em 0,4 pontos percentuais para 1,9%."
Os técnicos recordam que estes cálculos têm em conta apenas efeitos estatísticos e não levam em consideração outros factores. "Em particular, o comportamento da dinâmica intra-anual poderá ter sido antecipado, pelo que a projecção para o crescimento anual de 1,5% poderá não ter que ser ajustada com a divulgação destes dados."
"Tendo em conta a divulgação dos dados das contas nacionais sobre o 4.º trimestre de 2016 pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), o efeito de base associado ao PIB de 2016 que irá influenciar a medição da taxa de variação do PIB de 2017 é de cerca de 0,96 pontos percentuais. A dimensão deste "carry-over" positivo para 2017 representa dois terços do crescimento esperado de 1,5% (previsão do Orçamento do Estado para 2017), o que significa que caso não se registe qualquer crescimento face ao ano anterior, o efeito base que transita de 2016 permitirá um crescimento do PIB de cerca de 1%."
Os técnicos do Parlamento adiantam que a importância deste efeito base de um ano para o outro na economia só encontra paralelo na passagem de 2007 para 2008.
O efeito "carry-over" que era considerado pelo Ministério das Finanças no Orçamento era pouco superior a metade do que acabou por se verificar o que torna tudo mais fácil este ano para o cumprimento do objectivo traçado no Orçamento. Por outro lado, se se mantiverem as previsões anteriores, o PIB pode crescer acima do previsto, salientam os técnicos que prestam apoio aos deputados da comissão parlamentar de Orçamento e Finanças.
"Mantendo-se a dinâmica de crescimento intra-anual, tendo em conta que o efeito de "carry-over" de 2016, após a divulgação do 4.º trimestre de 2016 feita pelo INE, é mais alto do que o que estava implícito no OE/2017, a projecção para o PIB anual poderá ser eventualmente revista em alta em 0,4 pontos percentuais para 1,9%."
Os técnicos recordam que estes cálculos têm em conta apenas efeitos estatísticos e não levam em consideração outros factores. "Em particular, o comportamento da dinâmica intra-anual poderá ter sido antecipado, pelo que a projecção para o crescimento anual de 1,5% poderá não ter que ser ajustada com a divulgação destes dados."