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Crescimento do PIB revisto em alta para 2,9%, investimento acelera

O INE reviu em alta o crescimento económico do segundo trimestre do ano para 2,9%, o valor mais elevado em quase 17 anos. Afinal a procura externa deu uma pequena ajuda e confirma-se a aceleração do investimento.

Bruno Simão/Negócios
31 de Agosto de 2017 às 11:02
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O crescimento económico entre Abril e Junho foi afinal mais elevado do que tinha sido inicialmente reportado. Segundo os dados publicados esta manhã pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), o PIB aumentou em termos homólogos 2,9%, em vez dos 2,8% anunciados na estimativa rápida.

A diferença estará no comércio internacional. Na estimativa rápida, o INE referia que a procura externa líquida (exportações subtraídas de importações) tinha dado um ligeiro contributo negativo para o crescimento. Agora, o instituto calcula que esse contributo foi, afinal, positivo (0,1 pontos percentuais), com uma desaceleração tanto das exportações como das importações de bens e serviços.

No entanto, o principal motor do crescimento foi a procura interna, que foi reforçada 2,7% em comparação com o mesmo trimestre de 2016. Por trás dessa variação está um consumo ainda a crescer acima de 2%, assim como uma forte aceleração do investimento. Depois de já ter avançado 7,7% nos primeiros três meses do ano, a formação bruta de capital aumentou agora 9,3% no segundo trimestre.

"O Produto Interno Bruto (PIB) aumentou, em termos homólogos, 2,9% em volume no segundo trimestre de 2017 (taxa de 2,8% no trimestre anterior). A procura externa líquida manteve um ligeiro contributo positivo para a variação homóloga do PIB, verificando-se uma desaceleração em volume das Exportações de Bens e Serviços de magnitude idêntica à observada nas Importações de Bens e Serviços", pode ler-se no destaque do INE. "A procura interna manteve um contributo positivo elevado, superior ao do trimestre precedente, em resultado da aceleração do Investimento."



Se a comparação for feita com o trimestre anterior - isto é, a variação em cadeia - o PIB aumentou 0,3% no segundo trimestre, abaixo dos 1% dos primeiros três meses do ano. Nesta óptica, a procura externa líquida aumentou deu um contributo negativo de 0,4 pontos percentuais, devido à queda em cadeia das exportações. Dentro de portas, a procura interna deu uma ajuda de 0,6 pontos percentuais, essencialmente devido ao investimento. 

O crescimento homólogo de 2,9% é o mais elevado desde o quarto trimestre de 2000 e confirma o bom momento da economia portuguesa. António Costa já disse que 2017 será o ano de melhor crescimento do século, o que significaria que o PIB avançaria mais de 2,5%. Uma hipótese que começa a ganhar força depois de uma primeira metade do ano em que está perto dos 3%. 

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