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Consumidores mais pessimistas do que as empresas em relação à economia em maio

Dados do INE revelam que as expectativas dos consumidores e das empresas sobre a economia dividiram-se em maio. Confiança dos consumidores diminuiu, devido a um maior pessimismo sobre a situação económica do país e à intenção de adiar compras importantes. Já o indicador de clima económico aumentou em maio.

Miguel Baltazar
29 de Maio de 2024 às 11:24
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Os consumidores portugueses estão mais pessimistas do que as empresas em relação ao comportamento da economia. A conclusão é dos inquéritos de conjuntura do Instituto Nacional de Estatística (INE), divulgados esta quarta-feira, que apontam para uma diminuição do indicador de confiança dos consumidores em maio, enquanto o saldo das expectativas dos empresários aumentou

No que toca aos consumidores, o indicador de confiança "diminuiu em maio, após ter aumentado nos cinco meses
anteriores e de ter registado em abril o valor mais elevado desde fevereiro de 2022".

A evolução desse indicador em maio "resultou do contributo negativo das perspetivas de evolução futura da situação económica do país e da realização de compras importantes por parte das famílias", explica o INE. Em sentido contrário, a autoridade estatística afirma que "as opiniões e as perspetivas de evolução da situação financeira do agregado familiar registaram um contributo positivo". 

O saldo das expectativas dos consumidores em relação à evolução futura da situação económica do país e sobre a evolução passada dos preços caíram em maio, após ter subido nos meses anteriores. Por outro lado, a opinião dos consumidores em relação à evolução futura dos preços aumentou nos últimos dois meses, "de forma ténue em maio, depois das diminuições registadas em fevereiro e março". 

Já o indicador de clima económico – relativo aos inquéritos às empresas – "aumentou em maio, após ter diminuído no mês anterior". Essa melhoria observou-se em todos os setores, exceto nos serviços, com destaque para a Indústria Transformadora e a Construção e Obras Públicas. No comércio, o aumento foi apenas ligeiro. 

"A evolução do indicador deveu-se ao contributo positivo das opiniões sobre a evolução da procura global e das apreciações relativas aos stocks de produtos acabados, tendo as perspetivas de produção contribuído negativamente", refere o INE. O saldo das apreciações sobre a procura global aumentou e as apreciações relativas à procura externa recuperaram, tendo as expectativas de aumento de preços de venda diminuído.

(notícia atualizada às 11:40)
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