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Confiança dos consumidores recupera em novembro. Clima económico volta a aumentar

Recuperação do otimismo dos consumidores é explicado por uma melhor perceção sobre a situação financeira do agregado familiar e das perspetivas de evolução futura da situação económica do país. Já a confiança conjunta das empresas está em máximos de 2019.

O estudo da Intrum contou com um mínimo de mil inquiridos em cada um dos 20 países europeus nos quais a empresa opera.
João Cortesão
28 de Novembro de 2024 às 09:48
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A confiança dos consumidores recuperou em novembro, depois de ter diminuído no mês anterior. Já o clima económico, que sintetiza a confiança das empresas, manteve a trajetória ascendente. A conclusão é dos inquéritos de conjuntura económica, divulgados esta quinta-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE). 

No que toca aos consumidores, o maior otimismo registado em novembro "resultou do contributo positivo das opiniões sobre a evolução passada da situação financeira do agregado familiar e das perspetivas de evolução futura da situação económica do país". Por outro lado, as expectativas de evolução futura da situação financeira do agregado familiar e de realização de compras importantes pesaram na confiança dos consumidores.


Os saldos das opiniões dos consumidores sobre a evolução passada e das perspetivas relativas à evolução futura dos preços diminuíram em novembro, "após os aumentos significativos observados em outubro".

Já o indicador de clima económico aumentou "entre setembro e novembro, atingindo o máximo desde março de 2019". Os indicadores de confiança aumentaram nos quatro grandes setores de atividade económica considerados, exceto na indústria transformadora. Na construção e obras públicas, serviços e comércio, o clima é de grande otimismo.


"O saldo das expectativas dos empresários sobre a evolução futura dos preços de venda diminuiu moderadamente em novembro no comércio e nos serviços e, de forma expressiva, na indústria transformadora, verificando-se um aumento significativo deste saldo na construção e obras públicas", indica o INE. 

No caso da indústria transformadora, o indicador de confiança "diminuiu em outubro e novembro, de forma ténue no último mês, após ter aumentado nos dois meses precedentes". Essa evolução é explicada pelo "contributo negativo das perspetivas de produção, tendo as apreciações relativas aos stocks de produtos acabados e as opiniões sobre a evolução da procura global contribuído positivamente".

Sentimento económico estabiliza na Europa com menor confiança dos consumidores


A nível europeu, o indicador de sentimento económico manteve-se "globalmente estável", tanto na União Europeia como na Zona Euro. Essa estabilização refletiu "uma maior confiança na indústria transformadora e no comércio, que foi compensada por uma menor confiança nos serviços e entre os consumidores". Já a confiança no setor da construção "melhorou apenas marginalmente".


Entre as maiores economias da UE, o indicador de sentimento económico melhorou em França (+3 pontos), Espanha (2,1), Países Baixos (1,5) e Polónia (0,7). Por outro lado, registaram-se quedas na Alemanha (-1,3) e em Itália (-0,3).


Em termos gerais, a confiança da indústria transformadora recuperou parte do terreno perdido em setembro e outubro, e a confiança nos serviços agravou-se (-0,9), devido a uma "deterioração generalizada na avaliação da procura passada, situação empresarial passada e procura esperada, onde esta última se agravou de forma mais significativa".


Já a confiança dos consumidores interrompeu a trajetória de recuperação de que vinha a beneficiar (ao registar uma queda de 1,1 pontos), devido à "deterioração substancial das avaliações dos consumidores sobre a evolução da situação económica geral e da situação financeira futura das famílias". A avaliação dos consumidores sobre a situação financeira passada do agregado familiar também melhorou, mas "apenas marginalmente".

Em vésperas de Natal, as intenções dos consumidores europeus de fazer grandes compras também melhoraram.

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