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Confiança dos consumidores cai e fica abaixo do início da pandemia
O indicador de clima económico também diminuiu no mês de julho, segundo os dados publicados esta manhã pelo Instituto Nacional de Estatística.
O indicador de confiança dos consumidores diminuiu no mês de julho, fixando-se num nível abaixo do observado no início da pandemia, ou seja, desde março de 2020.
A quebra acontece depois de se ter verificado um aumento "significativo" entre março e maio, e algo mais ténue em junho, conta o Instituto Nacional de Estatística (INE) no âmbito dos Inquéritos de Conjuntura às Empresas e aos Consumidores.
"A evolução do último mês resultou sobretudo do contributo negativo das expectativas relativas à evolução futura da situação económica do país", explica o INE. As opiniões sobre a evolução passada, assim como as perspetivas relativas à evolução futura da situação financeira do agregado familiar também contribuíram negativamente. Já as expectativas relativas à evolução futura da realização de compras importantes contribuíram positivamente.
O indicador de confiança da indústria transformadora diminuiu em julho, dado o contributo negativo de todas as componentes, expectativas de produção, opiniões sobre a evolução da procura global e apreciações relativas aos stocks de produtos acabados.
O indicador de confiança da construção e obras públicas também recuou, refletindo as perspetivas de emprego, uma vez que o saldo das apreciações sobre a carteira de encomendas aumentou ligeiramente. A confiança no comércio também alinhou nas quedas, tendo em conta as opiniões sobre o volume de vendas e das perspetivas de atividade da empresa nos próximos três meses. Por fim, os serviços também sofreram um abalo na confiança, devido à evolução da procura e às opiniões sobre a evolução da carteira de encomendas.
Da mesma publicação consta o indicador de clima económico, o qual sintetiza os saldos de respostas extremas das questões relativas aos inquéritos às empresas. Este também diminuiu em julho – passando de 2,2 em junho para 1,4 -, contrariando a subida entre março e junho. Ainda assim, neste caso, os níveis mantêm-se acima daqueles observados em março de 2020.