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Confiança das famílias sobe em junho para máximo desde início da guerra

As famílias estão mais otimistas face à evolução económica do país e da sua situação financeira. Sentimento de confiança dos consumidores subiu, mas o das empresas desceu. Comércio e serviços penalizam.

O consumo das famílias no final do ano passado permitiu um desempenho da economia portuguesa que superou todas as expectativas.
Nuno Alfarrobinha
27 de Junho de 2024 às 10:14
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A confiança das famílias regressou às subidas em junho, atingindo o valor mais elevado desde fevereiro de 2022, quando teve início a guerra na Ucrânia. Pelo contrário, a confiança das empresas diminuiu. Os dados são do INE.

Segundo os Inquéritos de Conjuntura às Empresas e aos Consumidores divulgados nesta quinta-feira, 27 de junho, pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), as famílias estão mais confiantes quanto à evolução futura do país e consideram que a situação financeira do agregado familiar foi menos negativa do que o esperado no último ano.

Pela negativa, as famílias estão menos otimistas quanto à capacidade de fazer compras importantes e face à sua situação financeira nos próximos 12 meses.

A confiança das famílias estava a recuperar depois da pandemia de covid-19 até fevereiro de 2022, quando teve início a guerra na Ucrânia, com impactos nas cadeias de abastecimento europeias e que teve fortes impactos na subida de preços na Zona Euro e em Portugal. A confiança atingiu um mínimo em novembro desse ano e tem vindo a recuperar desde então, embora com oscilações.

Em junho, mostram os dados divulgados agora, atingiu o valor mais alto desde o início da guerra - mas ainda está abaixo do registado na altura.

Empresas mostram-se mais pessimistas


Por oposição, o indicador de clima económico, que junta os indicadores das empresas, diminuiu em junho, contrariando o aumento observado no mês anterior. 

Por setor, os números do INE mostram que houve uma quebra na confiança no Comércio e nos Serviços.

No caso do comércio, o indicador de confiança diminuiu em junho, após ter aumentado no mês anterior. "A evolução do indicador em junho resultou do contributo negativo das opiniões sobre o volume de vendas, tendo as apreciações sobre o volume de stocks e as perspetivas de atividade da empresa contribuído positivamente", explica o INE.

Nos serviços, o indicador de confiança também diminuiu em junho, tal como nos dois meses anteriores. O sentimento agravado das empresas de serviços verifica-se em "todas as componentes, apreciações sobre a atividade da empresa, opiniões sobre a evolução da carteira de encomendas e perspetivas relativas à evolução da procura, mais expressiva no primeiro caso", descreve o INE. 

Por outro lado, a confiança "aumentou moderadamente" na Indústria Transformadora e na Construção e Obras Públicas.

Na indústria, as empresas mostram-se mais otimistas devido à evolução da procura global e das perspetivas de produção. Mas as apreciações relativas aos stocks de produtos acabados contribuíram negativamente para o indicador. 

Na construção, onde a confiança aumentou entre abril e junho, o sentimento mais positivo reflete as apreciações sobre a carteira de encomendas, uma vez que o saldo das perspetivas de emprego diminuiu.
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