O produto interno bruto de Portugal terá aumentado 0,6% no primeiro trimestre deste ano, face aos três meses anteriores, de acordo com as estimativas do Citigroup.

A confirmar-se esta previsão, a economia portuguesa terá acelerado face ao registado no quarto trimestre do ano passado, período em que o PIB registou um crescimento de 0,5% em cadeia.

Os indicadores económicos qualitativos e quantitativos, como a produção industrial, vendas a retalho e inquéritos aos agentes económicos, "sugerem que o crescimento do PIB terá acelerado no primeiro trimestre", refere o Citigroup num relatório a que o Negócios teve acesso e com data de 25 de Março.

Ontem o BBVA avançou com uma estimativa de crescimento do PIB português de 0,5% no primeiro trimestre, antecipando nova "surpresa positiva".

"O consumo privado vai continuar a beneficiar da baixa taxa de inflação, crescimento sólido do emprego e condições financeiras mais favoráveis, enquanto o euro mais fraco deverá impulsionar as exportações", refere o  Citi, que nos mesmo relatório reviu em baixa as suas estimativas de crescimento para a economia mundial.

O PIB mundial deverá crescer 2,9% este ano, abaixo dos 3% estimados pelo Citi no mês passado e 3,3% há seis meses. O banco está mais pessimista para a economia dos Estados Unidos, Reino Unido, Coreia do Sul e Austrália, embora tenha elevado as previsões para a Zona Euro.

O Citi aponta agora para um crescimento de 1,5% no PIB da Zona Euro este ano e 2% em 2006, com a Alemanha a ser o motor do Velho Continente, com crescimento em redor de 2% nos dois anos.

A confirmarem-se estas previsões, Portugal crescerá acima da Zona Euro nos dois anos, já que o Citi antecipa que o PIB de Portugal vai crescer 1,9% este ano e 2,1% em 2016. O Banco de Portugal elevou ontem a estimativa para o crescimento do PIB de Portugal este ano, para 1,7%.

O Citi estima que o "rácio da dívida pública deverá começar a recuar em 2015 (depois de atingir um pico de 130% em 2014), ainda que o défice orçamental vai provavelmente ficar acima da meta de 2,7% do PIB".

As estimativas do Citi apontam para uma dívida pública de 126,7% do PIB este ano e 124,4% em 2016, abaixo dos 129% no ano passado. Já o défice orçamental deverá ficar em 3,2% do PIB este ano e 2,4% em 2016.