Notícia
BdP: Procura externa estagna este ano mas recupera mais de 2% em 2024 e 2025
Estimativas do BdP apontam para que a procura externa dirigida à economia portuguesa seja fraca e se mantenha praticamente estagnada este ano. Entre 2023 e 2025, o crescimento médio da procura externa será "o mais baixo dos últimos ciclos económicos" que Portugal enfrentou, refletindo o novo redesenho do comércio internacional, diz Mário Centeno.
O Banco de Portugal (BdP) estima que a procura externa dirigida à economia portuguesa estagne este ano e recupere apenas em 2024 e 2025 com um crescimento acima de 2%. A previsão consta do boletim económico de outubro, divulgado esta quarta-feira pelo banco central liderado por Mário Centeno.
"Tal como o comércio mundial, o crescimento da procura externa dirigida à economia portuguesa será fraco em 2023 (0,2%), mas deverá recuperar para 2,8% em 2024 e 2,9% em 2025", lê-se no boletim económico do BdP.
Na apresentação do documento, Mário Centeno referiu que "a pandemia redesenhou o comércio internacional" e que a recuperação pós-covid é, "no mínimo, desafiante". "Os indicadores de procura externa que estão subjacentes à projeção que apresentadas revelam que, em média, a procura externa entre 2023 e 2025 cresce 2%", referiu.
Esse é o valor médio "mais baixo dos últimos ciclos económicos" que Portugal enfrentou, segundo o governador do BdP. "Mesmo durante o programa de ajustamento, a procura externa cresceu, em média, 2,8%. E, no período pré-pandémico, a procura foi ainda mais forte, de 3,4%", sublinhou.
As projeções do BdP apontam para que o crescimento do comércio mundial se reduza para 0,3% em 2023 e recupere "para taxas mais próximas das do PIB mundial em 2024-25".
O BdP explica que, este ano, "a evolução anémica reflete a recomposição da procura global após o choque da pandemia, com um aumento do peso dos serviços – cujo conteúdo importado é inferior ao da despesa em bens – e a queda da atividade na indústria, o setor mais intensamente envolvido no comércio internacional".
"Temos de ter consciência de que o enquadramento externo que hoje enfrentamos não é muito favorável a criar estímulos ao crescimento da economia portuguesa, que é hoje muito mais aberta do que era há apenas cinco ou dez anos. Isso obviamente colocamos diante desta dificuldade acrescida", acrescentou Mário Centeno.
As novas previsões do BdP reveem em baixa as projeções para o crescimento do PIB este ano de 2,7% para 2,1%. Esse maior pessimismo em relação ao crescimento da atividade económica devem-se a uma desaceleração das exportações nacionais e ao abrandamento do consumo privado. Já a inflação para este ano foi revista em alta.
(Notícia atualizada às 11:38)
"Tal como o comércio mundial, o crescimento da procura externa dirigida à economia portuguesa será fraco em 2023 (0,2%), mas deverá recuperar para 2,8% em 2024 e 2,9% em 2025", lê-se no boletim económico do BdP.
Esse é o valor médio "mais baixo dos últimos ciclos económicos" que Portugal enfrentou, segundo o governador do BdP. "Mesmo durante o programa de ajustamento, a procura externa cresceu, em média, 2,8%. E, no período pré-pandémico, a procura foi ainda mais forte, de 3,4%", sublinhou.
As projeções do BdP apontam para que o crescimento do comércio mundial se reduza para 0,3% em 2023 e recupere "para taxas mais próximas das do PIB mundial em 2024-25".
O BdP explica que, este ano, "a evolução anémica reflete a recomposição da procura global após o choque da pandemia, com um aumento do peso dos serviços – cujo conteúdo importado é inferior ao da despesa em bens – e a queda da atividade na indústria, o setor mais intensamente envolvido no comércio internacional".
"Temos de ter consciência de que o enquadramento externo que hoje enfrentamos não é muito favorável a criar estímulos ao crescimento da economia portuguesa, que é hoje muito mais aberta do que era há apenas cinco ou dez anos. Isso obviamente colocamos diante desta dificuldade acrescida", acrescentou Mário Centeno.
As novas previsões do BdP reveem em baixa as projeções para o crescimento do PIB este ano de 2,7% para 2,1%. Esse maior pessimismo em relação ao crescimento da atividade económica devem-se a uma desaceleração das exportações nacionais e ao abrandamento do consumo privado. Já a inflação para este ano foi revista em alta.
(Notícia atualizada às 11:38)