Notícia
Banco de Portugal vê PIB a crescer 6,3% este ano mas corta projeções para 2023
Mais otimista que o Governo, o Banco de Portugal prevê agora que a economia cresça 6,3% este ano, antes de travar para 2,6% em 2023. Entidade liderada por Mário Centeno revê ainda em alta a inflação para 5,9% este ano.
15 de Junho de 2022 às 12:55
O Banco de Portugal (BdP) reviu esta quarta-feira em alta as projeções de crescimento para a economia portuguesa para este ano. Ao invés dos 4,9% previstos para este ano, o BdP antecipa agora que o PIB português vai crescer 6,3% este ano. Já as projeções para 2023 são revistas em baixa.
O BdP justifica a revisão em alta para este ano com "o efeito de carry-over face ao crescimento observado em 2021", apesar de no segundo, terceiro e quarto trimestres de 2022 estar prevista "uma estagnação", tendo em conta "o agravamento do enquadramento internacional com a invasão injustificada da Ucrânia".
Os 6,3% de crescimento previstos pelo Banco de Portugal ficam acima dos 4,9% avançados pelo Governo, na proposta de Orçamento do Estado para este ano (OE2022) apresentada em abril.
A estagnação prevista a partir do segundo trimestre deste ano explica que, para 2023, o Banco de Portugal antecipe que a economia cresça 2,6%, abaixo dos 2,9% inicialmente avançados.
"O cenário central das projeções já reflete o impacto do aumento de incerteza ocorrido com o início da invasão russa da Ucrânia, mas esta pode vir a exacerbar-se em caso de agravamento do conflito", indica o banco central. Num cenário mais adverso, o BdP prevê que a economia cresça apenas 4,8% este ano e estagne em 2023.
Inflação revista em alta para 5,9%
No que toca à inflação anual em Portugal, o BdP prevê que acelere para 5,9% este ano, antes se reduzir para 2,7% em 2023 e atingir os 2% em 2024.
As novas projeções do Banco de Portugal para a inflação ficam bastante acima das anteriormente, em março. Na altura, a entidade liderada por Mário Centeno antecipava que a inflação anual iria disparar para 4% este ano e travar para 1,6% no próximo ano.
Também as estimativas do Banco de Portugal para este ano estão acima das avançadas pelo Governo, que prevê que a inflação anual se fixe em 4%, apesar de o Conselho de Finanças Públicas (CFP) já ter vindo alertar que a taxa prevista pelo Executivo socialista está desatualizada, tendo já sido ultrapassada pela realidade.
(notícia atualizada às 13h10)
O BdP justifica a revisão em alta para este ano com "o efeito de carry-over face ao crescimento observado em 2021", apesar de no segundo, terceiro e quarto trimestres de 2022 estar prevista "uma estagnação", tendo em conta "o agravamento do enquadramento internacional com a invasão injustificada da Ucrânia".
A estagnação prevista a partir do segundo trimestre deste ano explica que, para 2023, o Banco de Portugal antecipe que a economia cresça 2,6%, abaixo dos 2,9% inicialmente avançados.
"O cenário central das projeções já reflete o impacto do aumento de incerteza ocorrido com o início da invasão russa da Ucrânia, mas esta pode vir a exacerbar-se em caso de agravamento do conflito", indica o banco central. Num cenário mais adverso, o BdP prevê que a economia cresça apenas 4,8% este ano e estagne em 2023.
Inflação revista em alta para 5,9%
No que toca à inflação anual em Portugal, o BdP prevê que acelere para 5,9% este ano, antes se reduzir para 2,7% em 2023 e atingir os 2% em 2024.
As novas projeções do Banco de Portugal para a inflação ficam bastante acima das anteriormente, em março. Na altura, a entidade liderada por Mário Centeno antecipava que a inflação anual iria disparar para 4% este ano e travar para 1,6% no próximo ano.
Também as estimativas do Banco de Portugal para este ano estão acima das avançadas pelo Governo, que prevê que a inflação anual se fixe em 4%, apesar de o Conselho de Finanças Públicas (CFP) já ter vindo alertar que a taxa prevista pelo Executivo socialista está desatualizada, tendo já sido ultrapassada pela realidade.
(notícia atualizada às 13h10)