Notícia
Banco de Portugal sobe estimativa de crescimento económico para 6,7% este ano
O Banco de Portugal está mais pessimista para o final do ano, mas isso não foi suficiente para rever em baixa a sua estimativa de crescimento do PIB. Pelo contrário, o arranque do ano foi mais positivo do que o esperado, as poupanças e os apoios estão a segurar o consumo das famílias e, por isso, espera agora que a economia cresça 6,7% em 2022.
O Banco de Portugal (BdP) está mais otimista e estima agora que o PIB cresça 6,7% no conjunto deste ano, apesar de antecipar uma travagem a fundo da economia na segunda metade do ano.
No Boletim Económico divulgado nesta quinta-feira, 6 de outubro, o banco central estima que a economia portuguesa cresça 6,7% este ano, mais 0,4 pontos percentuais do que o antecipava em junho, "continuando a beneficiar da recuperação do turismo e do consumo privado".
"A recuperação mais forte da atividade em 2021 e na primeira metade de 2022 — revelada pelas contas nacionais mais recentes — supera a revisão em baixa na segunda metade de 2022", refere o BdP no Boletim Económico de outubro, divulgado nesta quinta-feira, 6 de outubro.
Ou seja, depois de a economia ter regressado aos níveis pré-covid logo no primeiro trimestre, a partir daí houve uma desaceleração, e que se traduz numa "relativa estabilização do PIB" até ao final do ano, espera o banco central.
Se por um lado o enquadramento externo e financeiro tem vindo a piorar pelos aumentos da inflação e das taxas de juro, com efeitos adversos sobre o rendimento disponível real, por outro o "bom desempenho" do mercado de trabalho está a atenuar esses efeitos negativos no PIB.
Poupanças e apoios 'seguram' consumo
Ao mesmo tempo, a entidade liderada por Mário Centeno destaca a "resiliência" do consumo privado. Isso está a acontecer não só pela "canalização para a despesa de parte da poupança acumulada pelas famílias durante a crise pandémica, bem como
das medidas de apoio".
Aliás, o banco central destaca mesmo que, depois de terem justificado a melhoria acentuada da atividade económica na primeira parte do ano, as famílias estão a revelar uma "maior resistência" aos choques. O BdP estima que o consumo cresça 5,5% este ano (mais 0,3 pontos do que o esperado anteriormente).
A revisão em baixa do crescimento económico na segunda metade do ano deve-se, então, mais ao abrandamento do investimento do investimento. Se em junho a estimativa era que a Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF) avançasse 5%, agora é que cresça apenas 0,8%.
Em causa está a execução do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), não só pela via pública como pela privada, que a primeira metade do ano ficou muito abaixo do previsto para o conjunto deste ano. A evolução do consumo público foi revisto em baixa, para 2%.
Já as exportações de bens e serviços mantêm um dinamismo elevado (17,9%), acima da procura externa, implicando ganhos adicionais de quota de mercado. "Esta evolução é impulsionada pelas exportações de serviços, em particular os relacionados com o turismo", explica o BdP.
No Boletim Económico divulgado nesta quinta-feira, 6 de outubro, o banco central estima que a economia portuguesa cresça 6,7% este ano, mais 0,4 pontos percentuais do que o antecipava em junho, "continuando a beneficiar da recuperação do turismo e do consumo privado".
Ou seja, depois de a economia ter regressado aos níveis pré-covid logo no primeiro trimestre, a partir daí houve uma desaceleração, e que se traduz numa "relativa estabilização do PIB" até ao final do ano, espera o banco central.
Se por um lado o enquadramento externo e financeiro tem vindo a piorar pelos aumentos da inflação e das taxas de juro, com efeitos adversos sobre o rendimento disponível real, por outro o "bom desempenho" do mercado de trabalho está a atenuar esses efeitos negativos no PIB.
Poupanças e apoios 'seguram' consumo
Ao mesmo tempo, a entidade liderada por Mário Centeno destaca a "resiliência" do consumo privado. Isso está a acontecer não só pela "canalização para a despesa de parte da poupança acumulada pelas famílias durante a crise pandémica, bem como
das medidas de apoio".
Aliás, o banco central destaca mesmo que, depois de terem justificado a melhoria acentuada da atividade económica na primeira parte do ano, as famílias estão a revelar uma "maior resistência" aos choques. O BdP estima que o consumo cresça 5,5% este ano (mais 0,3 pontos do que o esperado anteriormente).
A revisão em baixa do crescimento económico na segunda metade do ano deve-se, então, mais ao abrandamento do investimento do investimento. Se em junho a estimativa era que a Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF) avançasse 5%, agora é que cresça apenas 0,8%.
Em causa está a execução do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), não só pela via pública como pela privada, que a primeira metade do ano ficou muito abaixo do previsto para o conjunto deste ano. A evolução do consumo público foi revisto em baixa, para 2%.
Já as exportações de bens e serviços mantêm um dinamismo elevado (17,9%), acima da procura externa, implicando ganhos adicionais de quota de mercado. "Esta evolução é impulsionada pelas exportações de serviços, em particular os relacionados com o turismo", explica o BdP.