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Atividade da construção acelera, mas a da indústria cai em outubro

Na síntese económica de conjuntura, INE aponta para queda, em termos reais, da atividade do setor da indústria, mas para aceleração no setor da construção.

21 de Dezembro de 2022 às 12:32
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Os indicadores do Instituto Nacional de Estatística (INE) para outubro apontam para uma queda da atividade do setor da indústria, ao mesmo tempo que sinalizam uma melhoria da atividade do setor da construção.

De acordo com a síntese de conjuntura económica divulgada nesta quarta-feira, 21 de dezembro, os indicadores de curto prazo disponíveis para outubro apontam para uma desaceleração da atividade económica em termos nominais (ou seja, sem descontar o efeito da inflação). Mas em termos reais, descontando o efeito dos preços, os dados apontam para uma queda da atividade no setor da indústria, enquanto a do setor da construção acelerou.

Já o indicador de atividade económica, que sintetiza um conjunto de indicadores quantitativos que refletem a evolução da economia, desacelerou significativamente em setembro e outubro, registando no último mês a taxa mais baixa desde março de 2021,  no início da pandemia de covid-19, destaca o INE.

A autoridade estatística lembra também que o indicador de clima económico, que sintetiza os saldos de respostas extremas das questões relativas aos inquéritos qualitativos às empresas, melhorou em novembro, após ter diminuído entre agosto e outubro.


Preços na produção abrandam mais do que os suportados pelos consumidores

Segundo o INE, o índice de preços na produção da indústria transformadora apresentou, em novembro, uma taxa de variação homóloga de 19,6%, desacelerando pelo quarto mês consecutivo, após ter registado em julho o crescimento mais elevado da atual série (25,9%).

Excluindo a componente energética, este índice aumentou 13,9% em termos homólogos (14,7% em outubro). O índice relativo aos bens de consumo continuou a acelerar, passando de uma variação homóloga de 15,7%, em outubro, para 16,2% em novembro.


Já a variação homóloga da inflação, medida, aqui, pelo Índice de Preços no Consumidor (IPC), foi 9,9% em novembro de 2022, taxa inferior em 0,2 pontos percentuais à observada no mês anterior, que fora a taxa mais elevada desde maio de 1992.

Perante estes indicadores, o INE destaca que houve em novembro uma "desaceleração mais pronunciada nos preços na Produção Industrial", embora a partir de um nível superior, do que a observada no IPC. 

O indicador de inflação subjacente (que exclui os produtos alimentares não transformados e energéticos) manteve a tendência de subida dos meses anteriores, registando uma variação de 7,2% (7,1% em outubro).

Por fim, o INE resume ainda as estimativas provisórias mensais do Inquérito ao Emprego, a taxa de desemprego manteve-se em 6,1% em outubro (6,0% em julho e 6,3% em outubro de 2021). 

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