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PCP recusou aliança com Medina em Lisboa

A edição de uma geringonça à escala autárquica em Lisboa não vai acontecer, já que os comunistas recusam apoiar Fernando Medina, disse o presidente da Câmara à margem da tomada de posse. Negociações com o Bloco prosseguem.

26 de Outubro de 2017 às 20:45
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Fernando Medina tomou a iniciativa de iniciar "um processo de diálogo político à esquerda", mas teve já uma recusa, por parte dos comunistas. "Infelizmente o PCP não se mostrou disponível" para um entendimento, afirmou o presidente da Câmara de Lisboa em declarações aos jornalistas. "Julgo que [o PCP] terá decepcionado os seus eleitores", uma vez que "deu a entender" que o faria durante a campanha, mas afinal "não houve negociação".

O recém-eleito presidente da autarquia falava aos jornalistas à margem da cerimónia da tomada de posse dos novos órgão autárquicos lisboetas, que decorreu esta quinta-feira, 26 de Outubro, na Praça do Município, em Lisboa.

Com o PCP à margem, Medina prossegue agora as negociações com o Bloco de Esquerda, que elegeu Ricardo Robles. Medina não tem a maioria absoluta, uma vez que ganhou as eleições com 42,02% dos votos, ficando com oito vereadores, menos três do que os conseguidos em 2013 por António Costa.

Desde que se disputaram as autárquicas, a 1 de outubro, que o PS e o BE se mostraram disponíveis para chegarem a um acordo, tendo os bloquistas chegado a confirmar "conversações" com Fernando Medina. O agora presidente da autarquia reafirma que assim é: "O Bloco de Esquerda mostrou disponibilidade para dialogar e é o que estamos a fazer", afirmou. Basta o apoio de Ricardo Robles para dar a Medina a maioria na câmara.

Já os acordos à direita não são uma possibilidade, entende Medina, que esta semana almoçou com Teresa Leal Coelho. Um "almoço de amigos", segundo disse. Porque "acordos de base permanente não são possíveis com os partidos à direita". No entanto, se "é muito difícil fazer entendimentos permanentes à direita" é no entanto "sempre possível que procuremos dialogar", frizou.

Fernando Medina bateu várias vezes na tecla do consenso, comprometendo-se a, sempre que possível, governar com "uma convergência alargada". Mesmo que o caminho seja a procura de entendimentos à esquerda, dialogarei sempre, procurando a maior plataforma política" possível, rematou.
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