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Obras no Eixo Central de Lisboa começam a 3 de Maio e fecham duas vias

As obras no eixo central de Lisboa, que se vão estender entre o Marquês de Pombal e Entrecampos, começam na próxima terça-feira, dia 3, e vão implicar o encerramento de duas vias, uma em cada sentido, na Avenida Fontes Pereira de Melo.

Bruno Simão
28 de Abril de 2016 às 13:54
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Depois de vários anúncios, atrasos e demoras, as obras no eixo central de Lisboa vão finalmente arrancar no próximo dia 3 de Maio, informou esta manhã a autarquia da capital em conferência de imprensa. As obras vão começar nos dois extremos da área que vai ser intervencionada, começando na Avenida Fontes Pereira de Melo e no terreno junto à Feira Popular. A partir de terça-feira, e durante três meses, a Fontes Pereira de Melo, que liga o Saldanha ao Marquês de Pombal, terá menos uma faixa em casa sentido.

Na Avenida da República, e porque a intervenção estará concentrada nos passeios, não serão suprimidas faixas. Mas as ruas laterais também estarão fechadas ao trânsito.

As obras vão estender-se ao longo de nove meses (até Fevereiro de 2017) e decorrem em várias fases. Começam na avenida Fontes Pereira de Melo e em Entrecampos e vão progredindo, via Avenida da República, em direcção ao Saldanha, onde as duas frentes de obra se vão encontrar. Esta praça será a última a ser submetida a obras que deverão durar quatro meses.

Durante este período, a circulação de veículos nesta zona vai estar condicionada. "O constrangimento mais difícil serão os primeiros três meses", até "as pessoas se habituarem", antecipa Fátima Madureira, directora municipal de Mobilidade. Ao longo da obra, as restrições vão mudando, tendo a câmara elegido as avenidas Defensores de Chaves e 5 de Outubro como "alternativas mais óbvias" para evitar a Avenida da República.

Câmara vai sinalizar percursos alternativos

Adicionalmente, a autarquia planeia começar a anunciar, em 14 pontos distintos de entrada na cidade, as melhores alternativas para quem se quiser deslocar para as zonas mais afectadas pelas obras. Estamos muito preocupados com os condutores que entram na cidade, que estão muito habituados a fazer sempre os mesmos caminhos", explica Fátima Madureira. Por isso, a câmara estudou as principais entradas na cidade e calculou as melhores alternativas. "Não estamos a dizer para não irem para o Saldanha porque isso às vezes é inevitável, há muitas pessoas que trabalham lá. Procuramos direccionar rapidamente as pessoas que estão no carro", acrescenta.

Por exemplo, quem chegar a Lisboa pela auto-estrada A5 (desde Cascais) e quiser ir para Entrecampos será aconselhado a apanhar o Eixo Norte-Sul. Caso queira ir para o Saldanha, o conselho é que se dirija primeiro à Praça de Espanha.

Paulo Caldas, comandante da Polícia Municipal, afirma que os seus agentes vão estar em força no terreno a apoiar a "circulação automóvel e a fluidez do trânsito", levando os condutores "por outras vias". O comandante mostra-se muito preocupado com os estacionamentos em segunda fila. "Preocupa-nos bastante o estacionamento em segunda fila. Ao não estacionarem em segunda fila estão a libertar uma fila de trânsito", apela.

Quantos lugares se perdem? Câmara não sabe

A perda de lugares de estacionamento devido a estas obras tem sido uma das principais críticas dos moradores da zona. A autarquia, que estimava inicialmente que se perdessem 300 lugares, reformulou entretanto o projecto na Avenida da República, eliminando uma das ciclovias previstas num dos lados para aí manter lugares de estacionamento. Adicionalmente, a autarquia conseguiu encontrar 94 lugares em algumas avenidas que atravessam a Avenida da República (como a João Crisóstomo ou Miguel Bombarda).

Com essa reformulação, os 149 lugares que se previa que fossem eliminados nessa zona vão redundar, afinal, num aumento de sete novas posições de parqueamento, anunciou Fernando Medina. Porém, a autarquia diz não ser possível estabelecer o número total de lugares que serão eliminados. "Não sei dizer", começa por responder Fátima Madureira. "Não consigo vislumbrar a utilidade desse exercício, não sinto qualquer dificuldade de estacionamento naquela zona enquanto residente, para quem trabalha ali já não será igual", completou.

Quatro grandes obras em simultâneo

Lisboa já tem várias obras em curso, como o Campo das Cebolas ou o Cais do Sodré, a que acresce a pavimentação de dezenas de ruas na cidade. Quando começarem as obras no Eixo Central e na Segunda Circular, a cidade vai estar praticamente transformada num estaleiro. Fátima Madureira admite que "vai haver uma altura em que as obras vão acontecer ao mesmo tempo", mas elas serão feitas em fases, realça. Na Segunda Circular, as obras serão apenas feitas durante a noite.

Adicionalmente, as obras no eixo central não vão influir de forma "insuportável" no trânsito da cidade, adianta a directora municipal.

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